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PCP rejeita possibilidade de coligação com o PS

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O Partido Comunista apresentou o seu programa eleitoral como sendo uma «ruptura» com as actuais políticas

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou, esta terça-feira, que o partido não vai «subscrever» o programa eleitoral do PS, rejeitando assim a possibilidade de fazer coligação com os socialistas. A afirmação foi feita durante a apresentação do programa eleitoral do Partido Comunista, no salão Nobre da Universidade Clássica de Lisboa.

Jerónimo de Sousa justificou a decisão com o facto de as propostas socialistas não responderem «aquilo que é central» e manterem «intocável o poder económico». «O PCP será governo, se e quando o povo português quiser», afirmou.

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PCP: programa «patriótico e de esquerda»

O secretário-geral do PCP definiu o programa eleitoral como sendo «patriótico e de esquerda», e como uma «ruptura» com as actuais politicas. «É possível um outro Governo e outra política», afirmou Jerónimo de Sousa.

Um programa baseado «nos princípios e valores da Constituição da República (...) integra como principais objectivos o desenvolvimento económico, a criação de emprego, a redistribuição do rendimento e a justiça social, o aprofundamento da democracia e a afirmação da independência e soberania nacionais».

O programa «eleitoral de ruptura, patriótico e de esquerda» do PCP define seis políticas chave para «um desenvolvimento independente e auto-sustentado do País», nas quais se inclui a consolidação das finanças públicas, uma política fiscal que alivie a carga sobre as classes laboriosas e pequenas empresas, a dinamização do investimento, assegurar um sector financeiro ao serviço do crescimento económico e do desenvolvimento social, uma adequada política de ambiente, ordenamento do território e de desenvolvimento regional e a valorização dos salários.

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O secretário-geral do PCP defendeu a nacionalização da banca comercial e uma «decisiva intervenção do Estado na efectiva regulação da actividade económica». No programa eleitoral o partido Comunista defende também o aumento do salário mínimo nacional «para pelo menos 500 euros até 2011 e 600 euros até 2013», o aumento real das pensões e reformas para o sector público e privado e o combate à pobreza.

Jerónimo de Sousa afirmou que o PCP vai continuar a bater-se por «um novo rumo para a União Europeia com base em Estados soberanos e iguais em direitos, assumindo a independência e soberania nacionais como valores inalienáveis». «O PCP compromete-se a assumir como prioridade a luta pelo abandono definitivo do Tratado de Lisboa, passo imediato da luta por uma outra Europa dos trabalhadores e dos povos», disse.

Os Comunistas prometem uma ruptura total com as políticas seguidas pelo PS e pelo PSD nos últimos 33 anos.

De acordo com Agostinho Lopes, do Comité Central do PCP, o programa foi construído na base de um alargado processo de participação e auscultação públicas». «O texto reflecte o resultado de inúmeras propostas de entidades muito diversas», afirmou.

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