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Seguro diz que Governo devia olhar previsões do FMI para não fazer mais cortes

FMI fala de um crescimento de 1,2% e uma taxa de desemprego de 15,7% em 2014

O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu esta terça-feira que o Governo devia olhar para as previsões divulgadas esta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e não fazer mais cortes, mas agir relativamente ao desemprego.

«Eu acho que é importante que o Governo olhe para esses números e tire conclusões. Numa altura em que o Governo se prepara para fazer mais cortes, esses indicadores revelam que o Governo não deveria fazer mais cortes e devia ter uma preocupação muito grande no que diz respeito ao nível elevadíssimo de desemprego que há no nosso país», afirmou Seguro.

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O FMI confirmou esta terça-feira as previsões para a economia portuguesa recentemente avançadas pelo Governo, antecipando um crescimento de 1,2% e uma taxa de desemprego de 15,7% em 2014.

O líder socialista disse ter lido hoje no diário britânico «Financial Times» «declarações de um ex-assessor do presidente Barroso da Comissão Europeia, criticando a estratégia da austeridade, dizendo que ela não correspondeu a nenhuma opção no sentido de sair da crise mas, fundamentalmente, a jogos internos, e que isso obrigou a Comissão Europeia a um seguidismo em relação à Alemanha».

Seguro referia-se a um artigo do periódico londrino em que o antigo conselheiro de Durão Barroso Philipe Legraine ataca as políticas de austeridade de Bruxelas.

António José Seguro sublinhou que a «prioridade» deve ser a criação de emprego, apontando para os números de um «milhão e 300 mil portuguesas e portugueses que estão em idade de trabalhar e não conseguem», entre desempregados, inativos e emigrados.

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«É essa prioridade, a criação de emprego, apostando nas nossas empresas, porque são elas que criam emprego, que deve ser a prioridade do Governo e não fazer cortes», afirmou, falando aos jornalistas no final de uma visita à Adega Cooperativa de Pegões.

O secretário-geral do PS recusa que o país esteja melhor, argumentando que, pelo contrário, está mais pobre e desigual.

«Poderá estar melhor para alguns, eu recordo que, ao mesmo tempo que conhecemos números sobre a pobreza, em 2012, o aumento de multimilionários no nosso país foi de 10%», disse.

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