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Sócrates apoia Lula da Silva à frente da ONU

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Primeiro-ministro expressou admiração e amizade pelo presidente brasileiro

José Sócrates afirmou este domingo que apoiaria uma eventual candidatura do presidente do Brasil, Lula da Silva, ao cargo de secretário-geral da ONU.

«Estaria na primeira fila desse apoio. Temos apoiado, em primeiro lugar, o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, como membro permanente», afirmou Sócrates, em entrevista publicada pelo jornal Folha de São Paulo, citado pela Lusa.

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«O Presidente Lula é uma grande figura da política mundial. Não sou apenas seu admirador e seu amigo, como tenho certeza de que ele é jovem demais para se retirar da política. Tenho certeza de que ele desempenharia muito bem qualquer cargo internacional», salientou.

«Lula tem um capital político tão importante no mundo que seria um grande desperdício não o aproveitar. Não deixarei de insistir com ele para que não se retire da política activa ao nível mundial», afirmou.

José Sócrates, que se encontrará na quarta-feira com Lula da Silva, em Lisboa, defendeu uma reforma da ONU para que as «suas instituições representem o mundo que existe e não o de 50, 60 anos atrás».

«O Presidente Lula mostrou ao mundo que a esquerda no Brasil pode governar e pode governar com responsabilidade. O trabalho que ele fez foi absolutamente notável, quer do ponto de vista da afirmação do Brasil como uma grande potência política e económica», sustentou.

O primeiro-ministro salientou que a «afirmação do Brasil no mundo nos últimos anos é de enorme importância para Portugal».

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«Se há uma questão estratégica que mudou para Portugal nos últimos anos é a ascensão do Brasil. E cada vez que o Brasil sobe de posição no concerto das nações, no quadro internacional, Portugal vai atrás», referiu.

Sócrates afirmou que há muitos líderes europeus que pedem ajuda de Portugal para resolver problemas com o Brasil. O líder português afirmou igualmente acreditar que «a melhor resposta ao crescimento económico é o mercado».

«Quero um país competitivo e moderno, mas com justiça social e igualdade. O que diferencia hoje as duas grandes famílias políticas, esquerda e direita? É o encaminhamento da igualdade. E, para isso, o Estado tem uma tarefa, como aliás teve na última crise», salientou.

«Muitos de nós que desvalorizaram a acção do Estado só se lembraram do Estado nessa última crise, em que foi preciso a acção do Estado para conter aquilo que foi a desregulação completa dos mercados financeiros», declarou.

José Sócrates sublinhou que o «político, socialista ou não, tem de lidar com a realidade e responder à realidade» e que «o mais importante para a esquerda é que seja realista».

«Toda aquela esquerda que achou que devia comportar-se apenas com retórica e idealismo fracassou. Isso não serviu a ninguém, muito menos para os que precisam da esquerda para melhorarem suas condições de vida», concluiu.

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