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Sócrates não deixa PSD «fugir» ao debate da revisão constitucional

«Sendo essas questões importantes, o dever das lideranças políticas é discuti-las»

O secretário-geral do PS afirmou este sábado que irá forçar o debate em torno da proposta de revisão constitucional do PSD, alegando que se joga em Portugal uma escolha entre o Estado social e o Estado mínimo, informa a Lusa.

Falando no comício de «rentrée» em Matosinhos, José Sócrates referiu que aqueles [o PSD] que fizeram da revisão constitucional «o alfa e ómega estão agora apenas interessados em esconder e em retirar da agenda esse tema, mas não há como fugir a esse debate».

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«Quando se propõem a liberalização do despedimento individual, quando se propõe o fim do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tendencialmente gratuito e quando se propõe a eliminação da obrigatoriedade do Estado em manter uma rede de escolas públicas, estamos perante um verdadeiro manifesto contra o Estado social», considerou o líder socialista.

Num discurso em que caracterizou o PS como o partido herdeiro da causa republicana da escola pública para todos, o secretário-geral socialista disse não estar a exagerar quando entende que o projecto do PSD tem uma visão «que rompe com o modelo social que tem orientado as sociedades europeias».

«Essas propostas [do PSD] têm de ser discutidas e não há como evitar o debate, porque estamos perante questões sérias demais para poderem ser disfarçadas, iludidas ou escondidas. Sendo essas questões importantes, o dever das lideranças políticas é discuti-las», argumentou Sócrates.

Ainda neste contexto de crítica implícita ao PSD, Sócrates disse que «as convicções políticas são para ser assumidas, não para serem ocultadas».

«Não fugirão ao debate, a bem da transparência democrática e da clareza das alternativas. Não é aceitável pretender agora esconder agendas políticas e agendas ideológicas, apenas porque não trazem boas surpresas nas sondagens», afirmou.

Sócrates disse depois que o projecto do PSD não foi um erro táctico, «porque se há nele alguma coisa de errado é de substância, o conteúdo». «Espero que quem se comprometeu a apresentar um projecto de revisão não deixe de o fazer, porque o país precisa desse debate», insistiu.

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