O PCP considerou esta quinta-feira que a venda da CP Carga é "uma opção criminosa" do Governo PSD/CDS-PP, contestou a anunciada reestruturação da EMEF e questionou a posição do PS em relação à privatização destas empresas.
"Não sabemos se o PS tem a opinião que tinha quando apresentou a Bruxelas e em termos públicos a privatização da CP Carga e da EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário", declarou o deputado do PCP Bruno Dias à agência Lusa.
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"Com a mesma determinação que lutamos contra a privatização da CP Carga agora, também lutámos quando foi apontada pelos governos PS nos PEC (Programas de Estabilidade e Crescimento)", acrescentou o deputado do PCP.
Quanto ao cancelamento da privatização da EMEF, o deputado do PCP salientou a importância da "luta dos trabalhadores" contra esse processo. Depois, contestou "qualquer opção de suposta reestruturação da empresa no sentido da sua degradação ou da ameaça ao seu futuro e do seu papel para a própria segurança do transporte ferroviário".
O PCP apresenta "uma opção estratégica de rutura com estas políticas, que passe pela defesa do desenvolvimento do setor ferroviário e da sua gestão pública de forma integrada", afirmou.
Em vez de "vender à peça" as empresas do setor ferroviário, é preciso "reintegrar e reunificar essas várias empresas", defendeu.
A este propósito, Bruno Dias assinalou que "vários países da Europa nunca deixaram de ter essa gestão integrada", como a França e a Alemanha, e referiu que "a CP Carga foi retirada da CP por um decreto-lei do PS, com a oposição do PCP".
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