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«Declarações de Cavaco são ofensivas e impróprias»

Assis diz que o país precisava de um Presidente da República forte, prestigiado», e que «estivesse acima dos pequenos rancores»

O dirigente do PS Francisco Assis considerou esta sexta-feira que as afirmações do Presidente da República sobre o antigo primeiro-ministro José Sócrates «são ofensivas» e «não são as mais adequadas» para um chefe de Estado em funções.

«Nós precisamos de um Presidente da República forte, com o sentido do equilíbrio institucional, com capacidade para falar com os vários setores da sociedade portuguesa, e declarações desta natureza fragilizam profundamente o Presidente da República», sustentou.

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À chegada a Coimbra para uma reunião do Conselho Coordenador do Laboratório de Ideias e propostas do PS para Portugal, Francisco Assis disse que tais declarações de Cavaco Silva «são ofensivas não apenas em relação a um antigo primeiro-ministro, como são ofensivas em relação a todo o Partido Socialista».

Na sua perspetiva «há um setor muito representativo da sociedade portuguesa, que o Partido Socialista representa, que se sente ofendido» com estas declarações.

«São declarações completamente impróprias. Um Presidente da República em funções tem de ter especiais cuidados com aquilo que diz», observou, frisando que «o recato» é uma obrigação de quem desempenha tais funções.

Para Francisco Assis, declarações deste tipo, «que são pensadas», «são declarações muito graves, que diminuem o prestígio do Presidente da República numa altura em que o país precisava de um Presidente da República forte, prestigiado», e que «estivesse acima dos pequenos rancores».

Ao classificar tais declarações de «absolutamente lamentáveis», disse que «criam uma instabilidade desnecessária, geram um antagonismo entre o Presidente da República e alguns setores da sociedade portuguesa» e «retiram ao Presidente da República uma grande parte do seu prestígio, que é imprescindível para que possa desempenhar cabalmente as funções».

Francisco Assis prevê que «no imediato» haja consequências, porque «o principal partido da oposição tem todas as razões para estar profundamente ofendido».

Na sua perspetiva, «o Presidente da República, neste caso, não esteve claramente à altura das exigências associadas à responsabilidade máxima que tem na vida política portuguesa», e «objetivamente está a acantonar-se».

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