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Desemprego: Passos tem «zero propostas»

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Seguro lembra que primeiro-ministro não falou sobre desempregados no debate

O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou esta sexta-feira o Governo de ter «zero propostas para as políticas activas de emprego e para combater o desemprego», defendendo «mais obrigações com os portugueses do que com os mercados».

António José Seguro discursava durante o jantar de Reis da concelhia do PS/Porto, que decorre na Alfândega, onde afirmou que «hoje não é um dia bom para Portugal», devido à divulgação dos dados do Eurostat sobre o desemprego em Portugal, considerando que «nenhum político com sensibilidade social pode estar satisfeito» quando se «atinge o número mais elevado de desempregados que há memória» no País.

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«Hoje houve um debate quinzenal na Assembleia da República. Sabem quantas vezes o primeiro-ministro se referiu aos desempregados? Zero. Sabem quantas vezes o primeiro-ministro falou de emprego e de políticas activas de emprego? Zero.

Este é o Governo que não fala para os desempregados, que não fala da necessidade de promover o emprego. Este é o Governo que tem zero propostas para as políticas activas de emprego e para combater o desemprego no nosso País», condenou.

O secretário-geral socialista deixou uma pergunta: «Como é que é possível olhar para um país que, no mesmo dia em que tens os níveis de confiança mais baixos de sempre, tem o nível de desemprego mais elevado de sempre?».

Para Seguro há duas maneiras: «Uma, é desistir dele, é baixar os braços, é dizer aos jovens e aos professores: emigrem. Mas há uma outra alternativa, há um outro caminho, que é dar esperança, é dar confiança através de propostas concretas».

Seguro voltou a rejeitar que o destino de Portugal seja a austeridade, acusando o Governo de estar «apaixonado» por ela.

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«Nós temos mais obrigações com os portugueses do que com os mercados. O Governo olha para os mercados, faz tudo pelos mercados, nada contra os mercados. Pois bem, os mercados são importantes numa economia, mas é fundamental que essa economia esteja ao serviço das pessoas e em particular das pessoas que mais necessitam da criação dessa mesma riqueza», defendeu.

Compreendendo que tenha que «haver medidas de contenção que originam alguma austeridade», o socialista sublinhou «a grande diferença», nesta matéria, que separa o PS em relação à direita: «o governo do PSD e do CDS olha apenas para a austeridade como a solução para os nossos problemas, porque acreditam convictamente que é através de medidas de austeridade que mais cedo ou mais tarde o País pode recuperar o seu rumo de crescimento. Não é verdade. Essa receita já foi aplicada na Grécia e não resultou».

À mesa com António José Seguro estiveram ainda o deputado Francisco Assis - que nas últimas eleições internas concorreu com o secretário-geral para a liderança do partido -, o ex-ministro da Justiça do governo de José Sócrates, Alberto Martins, o ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde e líder da concelhia do PS/Porto, Manuel Pizarro, os deputados Renato Sampaio e José Lello e os presidentes das câmaras de Matosinhos e de Baião, Guilherme Pinto e José Luís Carneiro, respectivamente, entre outros.

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