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Entrevista é um sinal de «descontrolo», reage PS

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Em causa, as afirmações do primeiro-ministro de que já não é certo que Portugal regresse aos mercados em 2013

O secretário-nacional do PS, João Ribeiro, considerou hoje «inacreditável» e um sinal do «descontrolo» do Governo que o primeiro-ministro já não tenha a certeza se Portugal regressará aos mercados em 2013, questionando a razão de tantos sacrifícios.

«É inacreditável o que acabamos de saber», afirmou o secretário-nacional socialista, em declarações à Lusa a propósito da entrevista ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, publicada na edição de hoje do jornal alemão Die Welt.

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Na entrevista, Passos Coelho admite que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013, lembrando que se for necessário está garantida a ajuda financeira do FMI e da UE.

«Eu não sei se Portugal regressará aos mercados em setembro de 2013 ou mais tarde. Naturalmente que eu quero isso mas, se por qualquer razão que não tenha a ver com a aplicação do programa, isso não funcionar, então o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) manterão a ajuda a Portugal. Já deram garantias disso», refere.

Contudo, acrescenta o primeiro-ministro, «não é claro que isso possa significar um segundo plano de ajudas».

«Eu não vejo motivos para que isso aconteça, mas é claro que desde a cimeira europeia de julho de 2011 há uma garantia de ajuda desde que os programas sejam implementados com sucesso», afirma.

Recordando o «desfile de autoelogios» do Governo sobre os bons resultados da receita que está a ser seguida e as declarações sistemáticas do primeiro-ministro de que se está no «bom caminho», João Ribeiro insistiu em classificar as palavras de Passos Coelho como «inacreditáveis».

«Por isso, perguntamos: para que anda a pedir tantos sacrifícios», questionou o secretário-nacional socialista, acrescentando que este «é também um sinal claro do descontrolo do Governo».

João Ribeiro lembrou ainda que há muitos meses que o PS avisa que há outro caminho, que passa pela promoção do crescimento económico e do emprego, reiterando que são «verdadeiramente inacreditáveis» as declarações do primeiro-ministro a um jornal alemão.

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