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«Fabricar União Nacional é uma perversão»

Passos Coelho diz que, «em democracia, é a maioria que decide» e sustenta que Portugal tem «uma democracia madura»

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou, esta segunda-feira, que a ideia de «fabricar em Portugal uma espécie de União Nacional é uma perversão», mais ainda quando invocada no 25 de Abril.

Durante uma conferência da plataforma «Construir Ideias», num hotel de Lisboa, Passos Coelho defendeu que nas atuais circunstâncias os partidos devem ter «uma grande capacidade de diálogo», mas, em respeito pela decisão dos eleitores, não podem «acabar na União Nacional».

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Num dia em que se ouviu da parte do atual Presidente da República e dos seus antecessores apelos à convergência política, na cerimónia comemorativa do 25 de Abril, no Palácio de Belém, o presidente do PSD disse querer fazer «uma observação».

«Ter a ideia de que, como estamos com um problema muito sério para resolver, temos de fabricar em Portugal uma espécie de União Nacional é uma perversão, ainda para mais a ser invocada num dia como este, porque a União Nacional não é desejada em Portugal, nem pelos que têm memória da que já existiu, nem por aqueles que, com prudência, aprendem lições do passado», considerou.

Passos Coelho salientou que, «em democracia, é a maioria que decide» e sustentou que Portugal tem «uma democracia madura». «Temos de nos saber ouvir, temos de confrontar as nossas ideias e, depois, quando o povo decide quem é que governa, esse quem governa tem de ser responsabilizado. Essa é a regra que vamos ter de seguir daqui para a frente novamente», acrescentou.

«O que, significa, portanto, que nós temos de ter uma grande capacidade de diálogo, mas, se queremos dar consequência à decisão dos eleitores, se queremos respeitar a sua decisão, não podemos acabar na União Nacional, temos de acabar naquilo que é mais próprio das democracias, que é o pluralismo, a diversidade, dos partidos nomeadamente, e a responsabilidade que cada um tem», concluiu o presidente do PSD.

A seguir, questionado pelos jornalistas, Passos Coelho rejeitou que tenha sido a falta de diálogo a conduzir à atual situação política: «O PS governa desde as últimas eleições sem maioria absoluta e até hoje, apesar de governar sem maioria absoluta, não teve um único Orçamento do Estado que tivesse sido chumbado no Parlamento e não teve nenhum Programa de Estabilidade e Crescimento, tirando o último, que não tivesse sido sufragado no Parlamento. O que faltou, portanto, não foi diálogo».

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