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Jerónimo: «Grande adesão apesar do medo»

Líder do PCP lembra o que aconteceu a outros Governos que ignoraram greves gerais

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou esta quarta-feira que estão criadas todas as condições para existir uma grande adesão à greve geral de quinta-feira, mas acusou o Governo de estar a pressionar os trabalhadores a não aderirem.

«Ainda ontem ouvimos o senhor ministro das Finanças dizer que não estamos em tempo de defender interesses particulares e corporativos. Os trabalhadores não vão para a greve com um sorriso nos lábios, mas sim determinados e com uma grande confiança», afirmou o líder comunista, durante uma visita aos piquetes de greve dos trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Loures.

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Jerónimo de Sousa sublinhou que estão criadas as condições para ser uma grande greve geral, uma vez que os trabalhadores pretendem dizer ao Governo que estão contra políticas que lhes estão a «infernizar» a vida.

«Esperamos uma grande adesão apesar do medo e da grande pressão que existe», perspectivou.

O líder comunista advertiu que «governos com uma maioria maior do que tem o actual, e que responderam de forma insolente às greves gerais, acabaram derrotados».

Jerónimo de Sousa comentou ainda o manifesto encabeçado pelo ex-Presidente da República Mário Soares que apela à mobilização política e cívica, lamentando que espelhe uma posição individual de um socialista e não do partido.

«O que eu não vi foi o PS a solidarizar-se com esta greve, nem a demarcar-se do Orçamento», lamentou.

A greve geral de quinta-feira foi convocada pela CGTP e UGT para contestar as recentes medidas de austeridade do Governo, nomeadamente os cortes nos subsídios de férias e Natal dos funcionários do sector público.

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