O líder do Bloco de Esquerda apontou o dedo às promessas eleitorais do PSD e CDS, de que «não aumentariam impostos e baixariam impostos aos trabalhadores e empresas», enumerando mesmo as páginas do panfleto eleitoral dos dois partidos, para justificar a «demissão» que considera necessária do atual Governo.
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«Este é um colossal aumento de impostos e presta-se, agora, ao confisco de mais um mês de salário aos trabalhadores do setor privado e mais de dois salários para funcionários públicos e pensionistas», criticou Francisco Louçã, classificando que a substituição das alterações à TSU pelo aumento do IRS «é um logro e abuso de poder».
Louçã apontou o dedo ao que considera ser «uma cornucópia de truques orçamentais» e «trafulhice orçamental» e citou mesmo Paulo Portas quando, criticando as políticas do governo de José Sócrates, classificou as medidas como um «bombardeamento fiscal». Agora foi a vez de Louçã usar o mesmo termo para atacar as políticas da equipa de Passos Coelho.
«Há 922 desempregados por dia. E vão atrás dos salários, empregos, filhos, da saúde. Violaram todos os contratos democráticos. Merecem ser demitidos».
Neste sentido, o líder do BE acusou Passos Coelho de se «esconder atrás do ministro das finanças», perante «o maior aumento de impostos de sempre», adiantando: «E foi preciso uma censura para o trazer ao Parlamento».
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Francisco Louçã disse, ainda, que «este Governo é mascote da senhora Merkel», constituído por uma «coligação de ministros em guerra» e com políticas «que ninguém acredita que vão resultar».
E sobre o reescalonamento do IRS e a criação de uma sobretaxa deste imposto, Francisco Louçã criticou que «o Governo não consegue apresentar nenhuma medida sobre o rendimento de capital» e deu um exemplo concreto: Quem tem um salário acima de 900 euros líquidos, vai paga mais IRS do que quem ganha 1 milhão de euros nas transações financeiras.
«Arrasar Portugal não é solução para país», rematou o líder dos bloquistas.
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