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Portas convoca PS para «esforço de coesão»

Ministro esteve na abertura das jornadas parlamentares do PSD e CDS-PP e pediu pro-atividade nas negociações com a troika

ATUALIZADA ÀS 20:17

Paulo Portas defendeu que se deve convocar os partidos e as instituições do «arco da governabilidade» para um «esforço especial de consenso e coesão» para a redução da despesa estrutural.

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«Eu não creio que, quando falamos de despesa estrutural, se possa considerar que essa é uma matéria que apenas implica ou convoca um governo de uma certa conjuntura. Quando estamos a falar no que é estrutural, estamos a falar no que será verdade amanhã, depois de amanhã, depois de depois de amanha, ou seja, do futuro de todos», defendeu Paulo Portas.

O ministro de Estado e presidente dos democratas-cristãos enalteceu o valor da estabilidade e apontou para o sexto exame regular da troika e a redução da despesa estrutural que será avaliada nessa ocasião.

«Creio que, se tivermos em consideração não apenas o debate orçamental mas outro que se vai seguir, a propósito do sexto exame regular que a missão externa fará com Portugal, temos de ter a noção não apenas de que uma beligerância populista relativamente aos credores não resolve o problema, pelo contrário, agrava-o, como da importância de sermos proativos quer politica quer tecnicamente nessa avaliação», sustentou.

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«E é por isso que este exercício deve convocar os partidos e as instituições - sem prejuízo da identidade própria - no arco da governabilidade em Portugal, para se fazer um esforço especial de consenso e coesão, porque ultrapassar um exame sobre despesa estrutural, conseguindo fazê-lo de forma bem-sucedida, é algo que beneficiará não só o país como um todo, como todos os governos que Portugal terá nas próximas décadas», argumentou.

Portas sublinhou que «a estabilidade num momento de emergência nacional é muito relevante» e que, sem ela, a última tranche do programa de assistência económica e financeira não teria chegado.

«Estamos a viver dias na zona euro em que não é de excluir que haja riscos suplementares em outros países da zona euro e o que é prudente é afastar o nosso país desses riscos suplementares, para o que, evidentemente, o valor da estabilidade é relevante», considerou.

O líder democrata-cristão frisou igualmente que «a existência de Orçamento do Estado é em si mesma uma condição de cumprimento dos acordos com a missão externa».

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Paulo Portas argumentou que «só uma redução estrutural da despesa dispensa o país de medidas extraordinárias, exatamente porque é uma redução estrutural».

«Em certo sentido, é um modo de vida, é um contrato de sociedade, um paradigma social que nos temos de saber trabalhar com o máximo de competência e com o máximo de justiça que formos capazes», declarou.

O ministro saudou os deputados do PSD e do CDS-PP, defendendo a importância de manterem a identidade de cada partido e a «resiliência de todos a bem do país».

«Ser deputado da maioria em tempos de emergência nacional não é cómodo nem é fácil, mas é precisamente porque são tempos de emergência nacional que é necessário e importante. É tão necessário e importante garantir a identidade de cada um como a resiliência de todos a bem do país», afirmou Paulo Portas.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e presidente do CDS-PP falava na sala do Senado da Assembleia da República na abertura das jornadas parlamentares do PSD e CDS-PP, as primeiras que se realizam em conjunto entre os dois partidos.

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