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Portas lamenta que «voto útil» lhe tenha tirado votos

Líder do CDS sublinha que o país não quis dar uma maioria absoluta ao PSD

Paulo Portas admitiu que a subida do CDS nestas eleições «podia ter sido ainda maior», culpando as sondagens que atribuíam um empate técnico entre PS e PSD.

«O voto útil impediu o CDS de eleger por algumas centenas de votos mais deputados», afirmou, em conferência de imprensa, quando os resultados estavam praticamente apurados.

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O presidente democrata-cristão garantiu a «disposição» do seu partido para «construir uma maioria de mudança para quatro anos».

Lembrando que, na última coligação PSD-CDS, a «relação de forças era de 5 para 1», Portas sublinhou que agora «está bastante diferente». «As coisas estão mais balanceadas, o que dá importância e responsabilidade ao CDS».

Para o líder do CDS, verificou-se uma «mudança de ciclo» com a vitória «confortável» do PSD. «Terminou o consulado de José Sócrates à frente do país. E não poderia ser de outra maneira».

No entanto, Paulo Portas frisou que o «país não deu maioria absoluta a um só partido», pelo que os sociais-democratas precisam do CDS-PP para garantir a maioria absoluta.

Em relação a 2009, o CDS assegurou a eleição de mais três deputados (são agora 24). «É o melhor resultado dos últimos 28 anos», afirmou Portas, embora tenha ficado muito aquém dos 30/31 deputados a que o partido apontava.

Com outro objectivo falhado, os democratas-cristãos igualaram o número de deputados de BE e CDU juntos. «Significa que demos um grande contributo para a existência de uma nova maioria».

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Como também já tinha avisado em campanha, o presidente democrata-cristão referiu que «PSD e CDS não têm qualquer interesse em crispar a relação com o novo PS», porque há uma revisão constitucional e outras reformas que necessitam da aprovação de 2/3 dos deputados.

«O PS entrará num novo ciclo e ninguém deve interferir nessa reflexão. Saber dialogar com o novo PS vai ser importante», alertou.

O CDS-PP arrecadou 11,74 por cento dos votos. Para além dos mesmos 21 deputados eleitos em 2009, o partido de direita elegeu mais dois deputados em Lisboa e mais um em Setúbal.

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