O cabeça de lista do PS às eleições regionais na Madeira exige que o presidente do Governo Regional e do PSD-M divulgue os termos da carta que escreveu ao primeiro-ministro pedindo um plano para regularizar a dívida da região.
«Estes são tempos de traição», disse este sábado à noite o candidato socialista numa iniciativa de pré-campanha no arraial da Ponta Delgada, concelho de S. Vicente, uma das mais concorridas festas da região.
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Maximiano Martins lembrou que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, disse na sexta-feira que o presidente do Governo Regional e do PSD «enviou ao primeiro-ministro uma carta pedindo um plano de austeridade para a Madeira».
«Jardim deve falar urgentemente aos madeirenses e divulgar os termos da carta que escreveu a Lisboa e aos estrangeiros pedindo um plano de austeridade. O povo julgará esta traição», declarou. O socialista quer ainda que o conteúdo da carta seja conhecido antes das eleições regionais, sob pena de os eleitores votarem «às cegas».
O candidato socialista insular salientou que «é o próprio presidente do Governo a pedir a Lisboa e aos estrangeiros que se aplique na região o plano de austeridade, o que significa mais sacrifícios» para os madeirenses.
Criticou Alberto João Jardim por estar a «pedir que venham outros de lá de fora fazer o que ele não tem coragem de dizer aos madeirenses que vai fazer, deixando os madeirenses abandonados a medidas duras de Lisboa e de instituições estrangeiras».
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Considerou que com esta atitude, Jardim «assume o falhanço das suas políticas e pede dinheiro emprestado e faz mais dívida em nome dos madeirenses que as novas gerações ficarão a pagar».
Destacou que o líder do PSD-M diz querer «uma maioria larga, confortável» nas eleições de Outubro, esquecendo que «nenhum Governo que pediu resgate financeiro ganhou eleições» e deu como exemplos os casos de Portugal e Irlanda.
O PS é o maior partido da oposição na Madeira, a segunda força política mais votada nas eleições de 2007, que teve na última legislatura um grupo parlamentar composto por sete deputados, num universo de 47 e uma maioria do PSD que ocupou 33 lugares na Assembleia Legislativa.
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