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PS promete ser «implacável» contra corrupção

Posição de António José Seguro, depois de uma reunião com o PGR

O secretário-geral do PS afirmou, esta quarta-feira, que o seu partido adoptará, até ao final do ano, um conjunto de medidas para um combate «implacável» e «firme» à corrupção, respeitando os «princípios civilizacionais» inerentes ao Estado de Direito. A posição de António José Seguro foi assumida no final de uma reunião com o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, que durou cerca de hora e meia.

Para a reunião na Procuradoria-geral da República, António José Seguro fez-se acompanhar pelos ex-ministros dos Assuntos Parlamentares Jorge Lacão (em representação da bancada socialista) e da justiça, Alberto Martins (membro do Secretariado Nacional), e pela presidente do PS, Maria de Belém.

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De acordo com o secretário-geral do PS, o encontro com o Procurador-Geral da República, que considerou «enriquecedor e produtivo», foi o primeiro de um conjunto de reuniões «com o objectivo de ouvir e partilhar posições no que respeita ao funcionamento da justiça em Portugal, em particular no que concerne ao combate à corrupção».

«Até ao final deste ano, o PS compromete-se a apresentar um conjunto de propostas claras no sentido de haver um combate firme e implacável à corrupção», disse, retomando uma das linhas políticas centrais saídas do último congresso dos socialistas em Braga, no início deste mês.

Interrogado se o discurso dos socialistas de atribuir prioridade política à corrupção não colide com o facto de o PS ter votado na semana passada, no Parlamento, contra os diplomas do PSD/CDS, Bloco de Esquerda e PCP para o combate ao enriquecimento ilícito, Seguro contrapôs que o seu partido «não aceita que nenhum português seja preso sem que quem acusa prove esse crime».

«Este é um princípio civilizacional, que é estruturante do nosso Estado de Direito. Com esta mesma firmeza, seremos também firmes no combate à corrupção, que deve ser feito em nome de princípios e de valores», respondeu António José Seguro.

Na sequência da reunião com Pinto Monteiro, Seguro adiantou que o PS reforçou a sua convicção de que a resposta ao fenómeno da corrupção «tem diferentes dimensões - de natureza preventiva ou repressiva -, e que há uma necessidade muito grande de se apostar em medidas e atitudes que favoreçam a cooperação entre todos os agentes ligados à investigação criminal em Portugal».

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