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PSD: «Honrar Abril é reconquistar a liberdade»

Deputado Pedro Pinto considerou que Portugal está ainda a tentar alcançar um desenvolvimento sustentado

O deputado e vice-presidente do PSD Pedro Pinto considerou, esta quarta-feira, que, passados 38 anos da Revolução dos Cravos, Portugal está ainda a tentar alcançar um desenvolvimento sustentado e afirmou que «honrar Abril é reconquistar a liberdade».

Numa intervenção em nome do PSD na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República, Pedro Pinto afirmou que os portugueses receberam «a libertação» em 1974, mas atrasaram-se «na construção da liberdade», e assinalou a situação de assistência financeira em que Portugal se encontra.

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«Nos três 'dês' da revolução, fomos felizes na democratização, displicentes na descolonização e insuficientes no desenvolvimento. Por isso chegámos ao ponto em que nos encontramos. Seria insultuoso ignorar as dificuldades por que passamos», considerou.

Segundo Pedro Pinto, o «ajustamento das contas públicas» que está a ser feito «penaliza o desemprego» a curto prazo «e aprofunda os sacrifícios das famílias portuguesas a níveis de sofrimento» que já «estavam esquecidos», mas é necessário «para ultrapassar desequilíbrios, regenerar hábitos, sanear contas e, assim, alcançar um desenvolvimento sustentado, no primado das contas públicas».

O vice-presidente do PSD enalteceu o apoio do maior partido da oposição ao Programa de Assistência Económica e Financeira: «Louvamos aqui o empenho do PS e dos parceiros sociais na concertação social para o cumprimento do memorando de entendimento».

Pedro Pinto defendeu depois que é urgente uma reflexão «sobre a missão e a dimensão do Estado», acrescentando que, no entender do PSD, este deve ter «funções de serviço público nos setores estratégicos, com destaque para as falhas de mercado», cabendo-lhe «funções de regulação e fiscalização» nos restantes setores.

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«Nas políticas sociais, sobretudo na saúde e na educação, precisamos de um Estado que garanta o fornecimento de serviços públicos de excelência, num quadro de liberdade de opção pelos cidadãos, assegurando que ninguém lhes deixa de aceder por razões económicas», advogou.

Pedro Pinto terminou o seu discurso afirmando que «honrar Abril é reconquistar a liberdade» e citando o cantor e compositor Sérgio Godinho e o escritor Jorge de Sena.

«Liberdade que é também paz, pão, habitação, saúde e educação, tal como é autonomia e a vitalidade da nossa expansão económica e cultural. Seremos julgados, não por promessas ou lamentações, mas pelo que conseguirmos realizar. E vamos ser capazes. Como Jorge de Sena dizia antes de 74: Não hei de morrer sem conhecer 'essa' liberdade».

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