O Presidente da República considerou o final da operação de resgate financeiro a Portugal «um dia marcante» para o país, mas alertou que isso «não significa que tenham terminado as exigências de rigor».
«Foi duro. O povo português demonstrou um grande sentido de responsabilidade», disse Cavaco Silva em Macau, última etapa da visita de uma semana à China.
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«Mas, chegar ao fim da operação de resgate não significa que tenham terminado as exigências de rigor a que Portugal está sujeito, tal como os outros países da zona euro», acrescentou.
Numa declaração aos jornalistas que acompanham a sua visita, Cavaco Silva lembrou que foi «a terceira vez em pouco mais de 30 anos que Portugal foi obrigado a pedir apoio de emergência na cena internacional e a aceitar as condições que lhe foram impostas».
«Faço votos para que nunca mais Portugal venha a encontrar-se nesta situação. Faço votos para que no futuro Portugal seja capaz de gerir de forma responsável as suas contas, mantendo-as perfeitamente controladas», concluiu o Presidente.
A 4 de maio, numa comunicação ao país, o primeiro-ministro anunciou que Portugal dispensou um programa cautelar porque a estratégia de regresso aos mercados e a consolidação orçamental foram bem-sucedidas e o país recuperou credibilidade externa.
O Programa de Assistência Económica e Financeira termina este sábado, no dia em que se cumprem três anos da assinatura do memorando inicial pelo governo socialista de José Sócrates com os credores internacionais.
No entanto, o executivo de Pedro Passos Coelho pediu a extensão por mais seis semanas do período do resgate, até ao final de junho, uma situação que foi justificada por razões técnicas das instituições internacionais.
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