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Seguro impõe condições para não haver rutura com o Governo

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Líder do PS avisa que vai lutar no Parlamento e na rua. Acusa o Executivo de ter um «comportamento desleal», mas não rasgará o acordo com a troika. Diz ainda que a ida de Relvas ao Parlamento é «o mínimo» para esclarecer a questão das secretas

António José Seguro avisa que o PS avançará para uma «rutura democrática» com o Governo caso a saúde e a escola públicas sejam «atacadas». Para a pôr em prática, o líder do PS prefere as «instituições democráticas», mas admite «ir para a frente de uma manifestação» na rua.

«Se este Governo insistir em atacar o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública e outras funções sociais do Estado, aí haverá rutura democrática», disse, em entrevista à TVI, informando que poderá fazê-la «através de vários instrumentos, quer ao nível parlamentar, quer na mobilização dos portugueses».

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Embora prefira as «instituições democráticas» para fazer oposição ao Governo, Seguro avisa: «Estou disponível para ir para a rua à frente de qualquer manifestação.»

O líder socialista acusa o Executivo de Passos Coelho de «comportamento institucionalmente desleal com o PS», ao enviar documentos para Bruxelas sem o apoio e a consulta prévia do maior partido da oposição.

«O Governo não tem tido consideração com PS e com o Parlamento. Temos todos valorizado o consenso político, é isso que nos tem diferenciado da Grécia, mas o Governo enfraquece-o. Quem perde é o país», lamentou, sublinhando que não vai «obedecer» à maioria em nome do consenso.

António José Seguro, que revelou não falar com o primeiro-ministro «há mais de dois meses», não adiantou mais informações sobre a conversa com o Presidente da República, esta quinta-feira, em Belém, mas insistiu que considera «inaceitável e impróprio» que o Governo envie documentos para Bruxelas sem os «contributos» de outros partidos. «Isto é romper o consenso», frisou.

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Não rasga o acordo com a troika

Sobre a entrevista de Mário Soares, que defendeu a rutura com o memorando, Seguro garante que não acompanha a opinião do histórico socialista, mas que há uma «convergência em relação à receita para sair da crise».

Afirmando-se «agarrado» ao «compromisso nacional» do acordo assinado por José Sócrates, Seguro desabafou: «Se não tivesse sido um Governo PS, obviamente estaria liberto...»

O PS já esteve, no entanto, «mais vinculado ao memorando do que atualmente», devido às «alterações» impostas por este Executivo.

Adenda ao tratado «ainda este mês»

Em relação ao tratado orçamental europeu, que o PS votou a favor, António José Seguro adiantou que vai apresentar a adenda no Parlamento «ainda este mês». «Espero que, desta vez, Passos Coelho possa dar indicações aos seus deputados para se juntarem ao PS», acrescentou.

O líder socialista não quis adiantar o seu sentido de voto em relação ao Orçamento de Estado para 2013, mas alertou desde já que, se não houver «prioridade» para o emprego e o crescimento económico, «naturalmente o PS não estará de acordo».

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Miguel Relvas e as secretas

Questionado sobre a ida do ministro dos Assuntos Parlamentares à Assembleia da República para explicar as notícias vindas a público sobre a sua relação com o ex-diretor do SIED, Jorge Silva Carvalho, entretanto constituído arguido no caso das secretas, Seguro respondeu: «Isso é o mínimo».

«O Governo desde o início que não tem tido uma relação muito clara e transparente com as secretas. É importante que haja um esclarecimento e que haja transparência», concluiu.

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