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Seguro pede ao Governo para «ser Governo»

Líder do PS diz que país deve ouvir «palavras de esperança» e lamenta a «triste imagem» que a maioria está a dar

O secretário-geral do PS afirmou que no dia da celebração da República, nesta sexta-feira, o país deve ser valorizado e ouvir «palavras de esperança», lamentando a «triste imagem» que a coligação PSD/CDS está a dar do próprio Governo.

António José Seguro falava aos jornalistas no final das cerimónias oficiais de comemoração da implantação da República a 5 de Outubro de 1910, no Pátio da Galé, em Lisboa, e que contaram com intervenções do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e do Presidente da República, Cavaco Silva.

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O líder socialista escusou-se a comentar o discurso do presidente, dizendo não ser «analista do tom da intervenção» de Cavaco Silva, acrescentando apenas que os portugueses vivem «dificuldades imensas» e precisam «de soluções concretas e de palavras de esperança», sendo esse o teor daquilo que vai dizer hoje à noite, num jantar em Alenquer que celebra a República.

Já em relação ao discurso de António Costa, disse que se revê nas palavras do autarca de Lisboa, por serem «aquilo» que tem dito e defendido ao longo do último ano: «A necessidade de haver uma alternativa que alie e concilie o rigor orçamental com a necessidade de criar riqueza, de preservar empregos e de criar oportunidades de trabalho, em particular para os mais jovens», afirmou, dizendo que «emigrar não é solução».

«O país tem recursos, tem condições, inteligência e capacidade de trabalho. E neste 5 de Outubro devemos valorizar o melhor que o país tem. Unir os portugueses e mobilizá-los em torno de um caminho que nos retire desta crise», acrescentou.

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Perante a insistência dos jornalistas em relação às palavras de Cavaco Silva e a possibilidade de Portugal estar à «beira de uma crise institucional» em que o presidente se poderia assumir como «moderador», Seguro referiu-se às notícias que dão conta de novas divisões no seio da coligação PSD/CDS.

«Estou muito surpreendido porque na semana passada o Governo anunciou o fim da crise no seu interior e ontem assistimos no Parlamento, mas hoje nos jornais, ao espelho contrário», afirmou Seguro, que em seguida deixou «um conselho ao Governo no sentido de eles próprios não darem esta triste imagem e fazerem aquilo que é a primeira condição que se exige a um Governo, que é serem Governo».

«Aquilo a que assistimos ontem no Parlamento, com as declarações de um ministro que é líder da coligação a dizer que afinal as propostas apresentadas podiam ser diferentes dá uma má imagem e é muito triste no momento da vida nacional», acrescentou.

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