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União da esquerda é um sentimento «legítimo»

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A cabeça de lista do BE às europeias, Marisa Matias, afirmou hoje que «há uma aspiração legítima por parte da população em que a esquerda se una» e que «todos esses caminhos se devem fazer».

De regresso à escola secundária D.Duarte, em Coimbra, onde estudou há 20 anos, Marisa Matias falava aos jornalistas sobre o debate da Antena 1, tendo concretizado uma ideia já defendida no comício de quarta-feira à noite, em Almada, onde apelou à esquerda para que vote no Bloco que já o partido provou conseguir fazer «alianças» contra a austeridade.

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«Há uma aspiração legítima por parte da população em que a esquerda se una. É legítima e acho que todos esses caminhos se devem fazer. A lista que nós apresentamos ao Parlamento Europeu é a prova desse esforço», garantiu.

Garantindo que o BE tem estado «em todos os processos de convergência», a eurodeputada recandidata enfatiza a continuação na luta para que «não só os partidos políticos mas também outras forças como associações, movimentos e sindicatos possam convergir e fazer a frente mais unida possível no combate às políticas de austeridade e à destruição que tem existido da economia e da sociedade em Portugal».

«Esse é um esforço que se deve continuar a fazer e são legítimas as aspirações de quem o deseja», sublinhou.

Sobre a confissão do dissidente do BE e agora cabeça de lista pelo partido Livre, Rui Tavares, que disse que gostaria de estar na mesma lista que Marisa Matias, a bloquista respondeu que sentiu como o comentário vindo de alguém com quem já trabalhou no mesmo projeto político.

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Em relação às declarações de Francisco Assis - que considerou que o PCP neste momento tem uma atitude muito mais conservadora e fechada no plano europeu do que o BE - Marisa Matias garante que o partido vai continuar «a lutar contra a austeridade, independentemente do que Francisco Assis vier dizer», essa é a luta do BE até ao último dia.

«Faltam algumas horas para terminar a campanha eleitoral. Nós assumimos a luta contra a austeridade e assim será. É esse o centro da campanha, não é outro», concluiu.

Governo não tem «nenhum rigor»

A cabeça de lista do BE às europeias acusou aindae o Governo de não ter «rigorosamente nenhum rigor» e de sacrificar o ensino público com mais custos para os contribuintes, falando das multas resultantes do cancelamento de obras em escolas.

«E isto pela mão de um Governo e do ministro Nuno Crato, que anda todos os dias a dizer que sabe fazer as contas e que é em nome do rigor orçamental quando não tem rigorosamente nenhum rigor - e é mesmo assim que eu quero dizer», criticou.

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Em causa está, segundo a bloquista, o cancelamento de «projetos de recuperação de escolas, obras que estavam em curso» estando depois «sujeito a pagar multas por cancelamento dessas obras que são três vezes superiores aquilo que seria o valor das obras se as realizasse».

Na opinião da eurodeputada recandidata, «este Governo prefere sistematicamente sacrificar a escola pública, travar qualquer possibilidade de desenvolvimento em termos de infraestruturas, mesmo que isso custe mais dinheiro aos contribuintes».

«Nós estamos numa cidade que é a cidade que tem o maior número de contratos de associação, portanto mais transferência de dinheiros públicos para o ensino privado, em todo o país, sobretudo quando a área que está abrangida por escola pública era mais do que suficiente para responder às necessidades desta cidade», lamentou.

Marisa Matias realça a «promiscuidade que existe entre as políticas de educação e depois aquilo que se passa no terreno porque Coimbra é a cidade onde mais dinheiros públicos são transferidos para ensino privado, apesar de haver oferta pública suficiente».

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