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Angola e Moçambique na cimeira UE-África

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Desde que o Zimbabué seja «será convidado ao mais alto nível»

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos e o seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza, declararam hoje que, «em princípio» irão participar na cimeira UE/África, mas desde que o Zimbabué seja «será convidado ao mais alto nível», noticia a Lusa.

«Em princípio não há razão para não estarmos lá (¿). Mas quando digo que não há razão para não estar, estamos a partir do princípio que o Zimbabué será convidado ao mais alto nível e que serão respeitadas as opiniões já expressas pela SADC e pela União Africana», afirmou Eduardo dos Santos, ladeado por Armando Guebuza, no final da visita de Estado que desde terça-feira efectuou a Moçambique.

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José Eduardo dos Santos defendeu, a propósito, a necessidade de a cimeira ser «organizada em conformidade com as regras do Direito Internacional, respeitando os direitos inalienáveis dos países que integram os dois conjuntos [União Europeia e União Africana]» e de se dissociar a «questão do Zimbabué» da reunião organizada pela presidência portuguesa dos 27.

«Neste momento há a questão do Zimbabué, a Grã-Bretanha que não aceita a presença do Presidente da República do Zimbabué, por causa de um diferendo que existe entre esses dois países. Nós achamos que as questões devem ser separadas. Um assunto diz respeito às relações entre o Zimbabué e a Grã-Bretanha. Outra questão é a relação entre a Europa e África, conjuntos de países soberanos», ressalvou.

Subscrevendo as observações do seu homólogo angolano - «a nossa expectativa é a mesma», afirmou -, o chefe de Estado moçambicano opôs-se também a quaisquer «imposição de regras» prévias ao evento.

«Sempre nos preocupou imaginar que a outra parte da discussão e do debate pudesse impor regras sobre o nosso continente. Esta é a posição de toda a África, da SADC e é também a nossa posição», afirmou.

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Para Armando Guebuza, é necessário que a Europa e África «se encontrem» para «tratarem efectivamente dos problemas e preocupações dos dois continentes» e «daquilo que há a resolver entre os dois continentes para acelerar o passo do desenvolvimento, particularmente de África».

«Nós acreditamos que valerá a pena lá estar e que isso vai dar um impulso maior ao desenvolvimento de África», disse.

A presidência portuguesa tenciona começar a enviar nos próximos dias convites a todos os líderes africanos, incluindo Robert Mugabe, do Zimbabué, para a cimeira UE/África.

A eventual presença de Mugabe na cimeira está a provocar divisões entre os parceiros europeus, com o Reino Unido a liderar a contestação ao chefe de Estado do Zimbabué, prometendo faltar ao encontro se ele se deslocar a Lisboa.

Numa entrevista a jornalistas angolanos, divulgada no último fim-de-semana, Mugabe disse que estará presente em Lisboa se for convidado.

Enquanto alguns países europeus, como Holanda, República Checa, Suécia e Dinamarca, parecem dispostos a seguir o boicote britânico, a União Africana está irredutível no apoio à presença de todos os seus líderes, incluindo Mugabe, em Lisboa.

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