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Quioto: emissões de CO2 ultrapassam limites

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Quercus diz que Portugal «continua muito acima da meta estabelecida»

As emissões de gases com efeito de estufa (GEE) emitidos por Portugal em 2006 «ultrapassaram em 13 por cento o limite fixado» pelo Protocolo de Quioto, avançou este domingo à Lusa um responsável da organização ambientalista Quercus.

«Apesar de Portugal ter reduzido as suas emissões entre 2005 e 2006, sobretudo devido a uma maior utilização de energias renováveis ao nível da produção de electricidade, os dados de 2006 demonstram que o país continua muito acima da meta estabelecida», explicou à Lusa o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira.

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O responsável lembrou que a meta estabelecida para Portugal pelo Protocolo de Quioto (para o período 2008-2012) é de um aumento de 27 por cento das emissões em relação a 1990, que é considerado o ano de referência.

A organização ambientalista analisou os dados relativos às emissões de gases com efeito de estufa (GEE) de Portugal no ano de 2006, disponibilizados na semana passada no portal da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

«Os dados de 2006 agora conhecidos apontam para 40 por cento de emissões de GEE acima de 1990 e para 13 por cento acima do limite fixado pelo Protocolo de Quioto», avançou o responsável.

Segundo Francisco Ferreira, se ao nível da produção de electricidade Portugal «está a conseguir investir mais em energias renováveis, na parte dos transportes não tem conseguido reduzir as emissões».

A Quercus destaca que o aumento do preço dos combustíveis «curiosamente» não teve impacto na totalidade das emissões do sector dos transportes, que se mantêm aproximadamente «iguais entre 2005 e 2006, 96 por cento acima do valor registado em 1990».

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As emissões de GEE atingiram em 2006, segundo as contas da Quercus, cerca de «82,7 milhões de toneladas» - sem se considerar o uso do solo, alteração de uso do solo e floresta -, o que equivale «a uma emissão per capita de aproximadamente 8,27 toneladas por ano».

O responsável explicou que a situação de seca durante o ano de 2005 «tinha agravado as emissões de Portugal em 3,9 por cento entre 2004 e 2005, em relação ao ano de referência de 1990».

«Em 2006, a ocorrência de precipitação levou a uma forte redução das emissões no sector da produção de electricidade, uma vez que entre 2005 e 2006 se verificou um aumento de produção hídrica, que quase duplicou», explicou.

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