Já fez LIKE no TVI Notícias?

Sá Leão convida ministra para Salão Erótico

Os seus filmes são «cultura». Realizador quer criar postos de trabalho

O realizador de filmes para adultos português Sá Leão gostaria que a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, fosse uma das visitantes do III Salão Erótico de Lisboa. Em entrevista ao PortugalDiário, o cineasta queixou-se dos altos impostos que paga para realizar os seus filmes e disse que pretende «criar postos de trabalho» em Portugal, na indústria em que trabalha.

A sessão de lançamento do evento, que se realizou ontem, já tinha começado há cerca de 45 minutos, quando Sá Leão irrompeu pela sala do Cinema Paraíso. Ainda ofegante, gelou, de braços erguidos em «V», na presença de Cicciolina. «Cresci a vê-la. Desenvolvi-me com ela», exclamou, perante as dezenas de pessoas que se encontravam na Plateia, a maior parte delas ligadas ao mundo da pornografia.

PUB

A partir desse momento, Sá Leão transformou-se no factor animação da conferência. Em inglês, em espanhol, em português, e numa mistura estranha de todas estas línguas, reclamando que o Governo veja de outra forma o seu mester. «Faço um convite à ministra da cultura para que visite o Salão Erótico. Tenho a honra de lhe fazer uma visita guiada», disse Sá Leão.

Posteriormente, entrevistado pelo PortugalDiário (ver vídeo), o realizador renovou o convite, mas desta vez «à ministra da Saúde», cometendo um pequeno lapso que o ministro desta pasta, António Correia de Campos, perceberá. E deu uma explicação para se achar no direito de poder contar com Isabel Pires de Lima no Salão: «Tenho pago os meus impostos e tenho registados os meus filmes na Inspecção Geral de Actividades Culturais».

«Quero criar postos de trabalho»

No seu estilo peculiar, o realizador disse ainda ao PortugalDiário que pretende colocar a sua arte ao serviço do bem estar económico do país. «Com a falta de emprego que existe hoje, esta é uma profissão que também poderá ser honesta, onde também se desconta para o Estado, e poderá ser muito bem aceite pelos portugueses», disse, reclamando pagar mais impostos do que os outros realizadores.

«Eu pago não 100, mas mais 200 ou 300 por cento mais do que os outros. E porque é que eu não mereço também a presença e o auxílio do Estado, se para pagar eu pago mais do que outros? Eu só quero trabalhar honestamente, só quero criar postos de trabalho, só quero fazer aquilo que vejo o meu primeiro-ministro e o meu Presidente da República a pedirem aos portugueses», rematou.

PUB

Últimas