Já fez LIKE no TVI Notícias?

«Eu anuncio, tu acreditas, ele não faz»

Assim se conjuga o verbo anunciar segundo Sócrates, criado por Portas

A oposição em bloco criticou hoje os resultados da actuação do Governo, no debate sobre o estado da nação, e o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, inventou a conjugação do verbo anunciar segundo José Sócrates.

«Eu anuncio, tu acreditas - por exemplo, o Dr. Alberto Martins -, ele não faz, nós esperamos, vós fazeis de conta, eles - os portugueses - ficam a ver estrelas», enunciou Paulo Portas.

PUB

O presidente do CDS-PP perguntou pelo cumprimento de medidas como a compra de medicamentos pela Internet ou por unidose e sustentou que parte dos portugueses via o primeiro-ministro, José Sócrates, como «um reformador» e agora o vê como «um fingidor».

CDS-PP, PCP e BE defenderam que os portugueses vivem com mais dificuldades, ao contrário do que proclama o primeiro-ministro, contestaram opções como o encerramento de serviços públicos e alegaram que se vive um clima pouco democrático.

«O país tem vindo a assistir com mais visibilidade nos últimos tempos ao acentuar dos comportamentos antidemocráticos a partir do poder governamental e das suas ramificações», disse o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusando o PS de exercer o poder «de forma partidarizada e arbitrária».

A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Ana Drago referiu-se às «esquinas onde ainda há opinião livre» e advogou que José Sócrates «vai ser despedido por justa causa, por motivos políticos, obviamente».

PUB

Paulo Portas afirmou que «multiplicam-se os exemplos» de perseguição na Administração Pública liderados por «sócratinhos» porque o primeiro-ministro «não matou o ovo», e alertou-o que poderá ficar conhecido como «picareta arrogante».

«Finge mais do que faz, promete mais do que cumpre, controla cada vez mais», resumiu.

Também o deputado do Partido Ecologista «Os Verdes» Álvaro Saraiva considerou que a opinião dos portugueses em relação ao primeiro-ministro se alterou, lembrando que Sócrates foi «vaiado por uma multidão heterogénea no Estádio da Luz», o que apontou como prova da sua impopularidade.

PCP e BE salientaram o número de trabalhadores com vínculos precários e essa precariedade, a par com os horários de trabalho alargados, segundo Ana Drago, torna insuficientes as medidas de apoio à natalidade hoje anunciadas pelo primeiro-ministro.

Jerónimo de Sousa avaliou o Governo como o pior «no ataque às funções sociais do Estado», dizendo que «ninguém foi mais longe» e que o executivo socialista se candidata ao «título de campeão dos campeões da política de direita em Portugal».

PUB

Últimas