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Menino azul: mãe pinta para doentes com alzheimer

Venda de quadros destina-se em parte para Associação Lágrima Humana

Helena Silva ficou conhecida pela luta que tem travado pela vida do filho, Emanuel, cujos sintomas de uma conjugação rara de doenças hepáticas lhe acrescentaram o nome de «menino azul». A criança está melhor, diz a mãe, e por isso afirma que se sente obrigada a ajudar «outras crianças». Neste caso, «crianças grandes». E por isso aceitou o convite da instituição portuense Associação Lágrima Humana, que trabalha com doentes de alzheimer, para pintar em público, entregando parte do resultado da venda dos seus quadros para ajudar estes pacientes.

«Até agora tenho lutado pelo direito das crianças doentes, mas fiquei sensibilizada com esta situação. Estas também são crianças. Crianças grandes», disse ao PortugalDiário Helena Silva, explicando que quem quiser ajudar esta associação pode dirigir-se ao Parque da Cidade, no Porto, onde estará a pintar entre quinta-feira e sábado, no espaço destinado ao levantamento dos dorsais para a Maratona EDP, do Porto.

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«Uma criança doente ainda pode evoluir, como aconteceu com o Emanuel, mas de pessoas com 70, 80 anos é difícil esperar grandes melhoras. Por isso é importante que tenham o mínimo de dignidade enquanto viverem», disse.

A fundadora e directora da associação, Alzira Azevedo, explicou ao PortugalDiário que a instituição nasceu depois de a doença ter sido diagnosticada ao seu companheiro. «Não queria internar o meu companheiro num lar e um médico amigo e uma neuropsicologa desafiaram-me a criar a associação», contou.

Alzira Azevedo explicou que a Associação Lágrima Humana tem cerca de 30 sócios e faz trabalho de «estimulação cognitiva de doentes de alzheimer» e presta auxílio aos seus cuidadores, «porque estes sofrem muito com a doença dos seus familiares». O objectivo é criar um centro de dia, sem fins lucrativos. Porém, as actuais instalações, a funcionar em duas salas de um prédio situado no Largo Dr Titto Fontes, no Porto, são insuficientes para tal.

As dificuldades financeiras são um dos problemas que a instituição enfrenta, já que, apesar de funcionar com voluntários, as despesas são custeadas em grande parte pela reforma de Alzira Azevedo e do seu companheiro.

A directora explicou que Helena Silva aceitou o convite que lhe fez e que «50 por cento do produto da venda dos quadros irá reverter para a associação».

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