Os lucros da Portugal Telecom caíram 14,4 por cento para 741,9 milhões de euros, em 2007, mas mesmo assim ficaram acima da média dos 699,9 milhões de euros previstos pelos analistas.
A pressionar esteve essencialmente o aumento dos custos com o programa de redução de efectivos em 2007 (276 milhões de euros em 2007, face a 19 milhões de euros em 2006) e a redução do imposto sobre o rendimento em 2006, efeitos que mais do que compensaram o aumento do EBITDA e dos ganhos financeiros líquidos, diz o comunicado da empresa emitido na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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Excluindo os impactos extraordinários, o resultado líquido teria aumentado 26,3% em 2007, face ao ano anterior, para os 608 milhões de euros.
Receitas subiram mais de 6%
As receitas subiram 6,6% para os 6.148,4 milhões de euros e o EBITDA aumentou 5,3% para os 2.356,7 milhões de euros, impulsionados pelo crescimento da Vivo, da TMN e dos outros negócios.
As receitas operacionais da TMN aumentaram 2,7% em 2007, impulsionadas pela continuação do crescimento do número de clientes, em particular no segmento pós-pago.
As receitas operacionais da rede fixa decresceram 5,3% em 2007, face a 2006, em resultado do impacto da continuação de perda de linhas e da pressão sobre os preços nas receitas de retalho.
EBITDA aumentou 5,3%
O resultado operacional antes de amortizações (EBITDA) do período aumentou 5,3%, face a 2006, para 2.357 milhões de euros, equivalente a uma margem de 38,3%, e o resultado operacional registou um acréscimo de 11,5%, face a 2006, para 1.234 milhões de euros.
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O EBITDA menos Capex totalizou 1.457 milhões de euros, um aumento de 6,4% face a 2006.
A operadora registou ainda em 2007 custos com redução de pessoal de 275,6 milhões face aos 19 milhões de euros de 2006 e contabilizou ainda uma provisão relativa a impostos no montante de 243,3 milhões de euros, face ao ganho de 21 milhões de 2006.
Em 31 de Dezembro de 2007, a dívida líquida ascendeu a 4.382 milhões de euros, enquanto as responsabilidades não financiadas líquidas de impostos relativas a benefícios de reforma se situaram em 958 milhões de euros.
«Na sequência da aprovação do spin-off da PT Multimédia (PTM), na Assembleia Geral Anual de Accionistas de 27 de Abril de 2007, a PTM foi considerada, para efeitos de reporte financeiro, como uma operação descontinuada. O spin-off foi integralmente concluído em 7 de Novembro de 2007», adianta ainda o mesmo comunicado.
Quanto aos custos com benefícios pós reforma, desceram 9,8% para os 65,1 milhões de euros.
Estes efeitos foram compensados, em parte, com ganhos de 188 milhões de euros, que incluem as mais-valias da venda de activos, nomeadamente da venda da participação no BES (36 milhões de euros), o contrato de «equity swap» referente a 10% da Zon Multimédia (77 milhões de euros) e a alienação de 22% da Africatel (111 milhões de euros).
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