Depois de ter vertido para os bolsos dos accionistas cerca de cinco mil milhões de euros, na sequência do generoso pacote de remuneração prometido como medida de defesa da OPA da Sonaecom, a PT está a preparar-se para pedir aos investidores que financiem o seu plano de crescimento, diz o jornal «Público».
A PT já percebeu que ou cresce e se expande internacionalmente ou morre, e para que avance o ambicioso plano de crescimento para o continente africano e a América Latina, anunciado por Henrique Granadeiro, presidente da operadora, terão de ser pedidos fundos aos accionistas.
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Em cima da mesa poderão estar soluções como aumento de capital, o crescimento do endividamento (com consequências negativas para a qualidade do rating da PT) e novas parcerias. Além disso, os accionistas poderão ver ainda suspensos ou reduzidos os dividendos a distribuir nos próximos anos.
Fonte da PT admitiu que depois de concluído o spin off da PT Multimédia, previsto para o final do mês de Outubro, e cumprido o pacote de remuneração accionista, é natural que a operadora esteja sem liquidez para fazer face ao plano de internacionalização, ao investimento na modernização da rede e à entrada em novos negócios, como a televisão digital terrestre (TDT).
Negócios que são fundamentais para que a empresa tenha um papel relevante num mundo globalizado onde os concorrentes são players de dimensão mundial, como a Telefónica. Ou seja, a gestão da PT terá de convencer os accionistas a darem o seu sim a um plano que implicará sacrifícios e, eventualmente, menores dividendos.
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