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Murteira Nabo confirmado para chairman da Galp

Murteira Nabo será o próximo chairman da Galp. O gestor já foi convidado para o cargo pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, e aceitou.

A confirmação foi dada ao Diário de Notícias (DN) por fontes governamentais e próximas do gestor. Murteira Nabo, questionado sobre o assunto, não confirmou nem desmentiu a informação. O anúncio deverá ser feito já nos próximos dias, uma vez que terá lugar esta semana o último Conselho de Ministros que precede a assembleia-geral da petrolífera, marcada para dia 24.

Para o cargo de CEO está cada vez mais afastada a hipótese do nome de José Penedos, presidente da REN - Rede Eléctrica Nacional, falado nos últimos dias. «Não tenho nenhum convite», garantiu o próprio ao DN. Apesar das pressões de alguns accionistas para que Penedos seja o futuro CEO, «um nome que será também bem aceite pelos quadros» da petrolífera, o novo CEO, segundo algumas fontes, será um gestor profissional, que poderá vir de fora do sector. Jorge Armindo, outro das hipóteses que chegou a ser falada, parece estar também fora de questão.

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O Governo, entretanto, já terá pedido novas avaliações da empresa e pareceres jurídicos, que deveriam estar concluídos em meados destes mês, para tomar decisões relativamente ao novo modelo para o sector energético. Espera-se, por isso, que o accionista Estado possa dar nesta reunião já algumas orientações sobre o futuro da empresa. As negociações em curso com os italianos da Eni terão atrasado algumas das decisões.

Com as mudanças de conselho de administração na empresa italiana, que implicarão a substituição do seu presidente Vittorio Mincato, o processo negocial entre o Estado português e esta empresa, que é a maior accionista da Galpernegia, com 33,34% do seu capital, desacelerou, pelo que é bem possível que o ministro da Economia adie por mais algum tempo determinadas decisões, dizem fontes da Galp.

O Governo tem um prazo máximo até Outubro para resolver o acordo com os italianos. Recorde--se que no âmbito de um protocolo feito entre o Estado e a Eni, ainda no Governo de Santana Lopes, o prazo que previa a possibilidade de esta exercer o seu direito de compra de mais uma fatia de capital da Galp até Junho, caso não chegasse a outro entendimento com o Estado português, poderia ser prorrogado até Outubro, se necessário.

Para já, o que é seguro é que nesta assembleia será nomeado o novo conselho de administração da empresa e serão aprovados o relatório e contas e o montante dos dividendos a distribuir.

No entanto, o Estado poderá avançar já com a possibilidade da divisão da Galp em duas empresas, ficando o negócio da distribuição de gás e da electricidade juntos numa delas e os negócios do petróleo noutra, avançam fontes ligadas ao processo. Num outro cenário, poderá optar por convocar uma assembleia extraordinária só para discutir a reestruturação do sector energético que pretende implementar e que terá essencialmente implicações na vida futura da Galp, acrescenta o DN.

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