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Associação 25 de Abril diz que crise é sobretudo política

Há «donas brancas à escala planetária»

Responsáveis da Associação 25 de Abril consideraram este sábado que a actual crise financeira é «antes de mais política», defendendo que só fiscalização e responsabilização garantem a democracia, e apelaram à participação e dos portugueses nas comemorações da liberdade.

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«Esta grave crise, que dizem ser financeira, é antes de mais política. Foi o canto da sereia do ultra-liberalismo que cegou aqueles a quem cabia defender o bem público», disse o coronel Nuno Santa Clara Gomes, no discurso de comemoração do 25 de Abril.

A propósito da crise, o responsável aproveitou para criticar as «Donas Brancas» que, diz, se descobrem agora «à escala planetária» e frisou que «só a participação activa, a fiscalização permanente e a responsabilização inequívoca são o garante de uma democracia plena».

«Só assim se poderá cumprir o 25 de Abril: na participação, na discussão, na luta pelos direitos, no respeito pela liberdade, no cumprimento da solidariedade, naquela vivência da maturidade que é a responsabilidade», disse.

Também Fernando Tavares Marques teceu críticas à actual realidade, defendendo que a «humanidade atravessa um momento de perplexidade, indignação e angústia» e que o sistema capitalista «parece ter entrado em ruptura».

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«O mito da omnisciência do mercado, para resolver todos os problemas que ele originava, desmoronou-se. Um pouco por todo o lado apela-se agora ao Estado, cuja intervenção era tão repugnada pelos mentores do pensamento conservador, então dominante na maior parte das áreas financeiras e empresariais», afirmou, apelando à participação dos portugueses nas comemorações do 25 de Abril.

Nas comemorações estiveram presentes o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, o coronel Vasco Lourenço, que foi aplaudido, ao contrário do que aconteceu com o secretário-geral da UGT, João Proença, e dos representantes do PS, José Neves e Eduardo Coelho (JS) que foram vaiados.

Estiveram ainda presentes Rosa Radiais, do PCP, Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, Carvalho da Silva e Ana Avoila, da CGTP, assim como representantes da Associação Portuguesa de Deficientes, da Intervenção Democrática e da Associação de Juízes para a Cidadania.

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