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Governo chega a acordo com o BCP, CGD e BPI quanto ao futuro da Maconde

O entendimento será formalizado durante a próxima semana, disse à «Lusa» fonte da têxtil de Vila do Conde.

Segundo o presidente da assembleia-geral da Maconde, António Leite Tavares, a notícia chegou à empresa via telefone, com o secretário de Estado da Indústria e Inovação, Castro Guerra, a comunicar aos administradores da empresa o resultado da reunião que manteve hoje com a banca.

De acordo com António Leite Tavares, o acordo conseguido levará ao desaparecimento do actual passivo da empresa (32 milhões de euros), com recurso à figura jurídica da «dação em cumprimento», que prevê a entrega de bens imóveis para pagar a dívida da empresa.

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A administração da Maconde reiterou por isso a sua confiança no sucesso das negociações do Governo com a banca, iniciadas em Março, para resolver o estrangulamento financeiro que afecta a empresa, afastando qualquer cenário que conduza ao encerramento daquela unidade.

Segundo Leite Tavares, a Maconde está a trabalhar «bem» e até tem laborado ao sábado, com bastantes encomendas, e tem os salários dos seus 583 trabalhadores (dos quais 412 são mulheres) em dia.

«Não há falta de trabalho», assegurou.

A empresa, que nasceu do investimento de um grupo estrangeiro em Vila do Conde, em 1969, chegou a empregar mais de 2.000 trabalhadores, em cinco fábricas, mas em 2002 começou a encerrar unidades, as últimas das quais no ano passado, em Braga e na Póvoa do Varzim.

A única unidade restante do grupo, de Vila do Conde, ainda é a maior fábrica têxtil da região.

Em 2006, no âmbito de um plano de reestruturação liderado pelo então presidente do grupo Mário Pais de Sousa (ex-Vulcano) a Maconde decidiu alienar as lojas Macmoda, Tribo e Zona Franca a três insígnias do grupo Sonae.

Depois da saída de Pais de Sousa em Março deste ano, a empresa tem contado com a colaboração da gestora Maria Cândida Morais (ex-Jornal de Notícias) na elaboração de um novo plano de reestruturação, o qual se aguarda agora ser aprovado pela banca.

A agência tentou ouvir o secretário de Estado sobre esta questão, mas tal não foi possível até ao momento.

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