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Petrolíferas não temem boicote nem investigação da Concorrência

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Portugal foi dos que menos aumentou preços

As petrolíferas a operar em Portugal não temem nem o boicote que os consumidores estão a planear às grandes empresas do ramo nos primeiros dias de Junho, nem mesmo a investigação da Autoridade da Concorrência (AdC) à formação de preços no sector, encomendada pelo Ministério da Economia.

Numa conferência de imprensa da Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (APETRO), o secretário-geral, José Horta, garantiu que a formação dos preços dos combustíveis é «completamente transparente, toda a gente sabe a quanto se compra o petróleo e a quanto se vendem os produtos refinados. E quem está no sector tem toda a liberdade de comprar a quem quiser. Não pode ser mais competitivo que isto».

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«A situação da refinação em Portugal é tão competitiva como noutros países, o preço à saída das refinarias é idêntico ao praticado noutros países, porque se regula pela referência que é dada pela cotação nos mercados internacionais dos produtos derivados do petróleo», explicou.

Por isso, garante, «não temo os resultados da investigação» da AdC.

O responsável adopta a mesma atitude em relação ao boicote planeado pelos consumidores: «Acredito que os consumidores vão perceber a dinâmica dos preços e que fomos dos que menos subimos os preços dos combustíveis. Portugal foi o 4º ou 5º país da Europa que menos aumentou os preços», disse. «Quem apela ao boicote, não percebe nada das regras da indústria petrolífera».

Também o presidente da associação, José Pedro Brito, que é também responsável pela área de retalho da Galp, esteve presente na conferência. Quando confrontado com os crescentes apelos ao boicote, limitou-se a dizer que também está «preocupado com a subida dos preços, até porque isso também tem impacto na estrutura de negócios das companhias».

O presidente da BP, António Comprido, por seu lado, considerou que «as pessoas são livres» de adoptarem as medidas de protesto que quiserem. Quando questionado se aderiria ao protesto, se estivesse do lado do consumidor, respondeu que «fazia boicote se estivesse convencido de que me estavam a enganar. Mas não é o caso, não estamos a enganar ninguém».

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