O economista Augusto Mateus, que coordenou até Junho o estudo da cidade aeroportuária na Ota, afirmou hoje que a construção do novo aeroporto naquela localização seria «apenas uma despesa».
Augusto Mateus falava durante a Conferência Internacional sobre Transporte Aéreo, Aeroportos e Navegação Aérea e Globalização das Economias, que hoje terminou em Lisboa, avança a «Lusa».
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«A diferença entre a Ota e Alcochete está na competitividade daquilo que se pode fazer num sítio e no outro. Enquanto em Alcochete podemos fazer um investimento, na Ota faríamos apenas despesa», afirmou o economista durante a sua intervenção no painel intitulado «Cidade Aeroportuária a Sul do Tejo: Que Projecto?».
«Em Alcochete, é possível fazer um planeamento estratégico e chamar um conjunto de entidades privadas que poderão trazer eficiência para este projecto», acrescentou Augusto Mateus, referindo-se à futura cidade aeroportuária de Alcochete.
De acordo com o economista, a construção de uma cidade aeroportuária com capacidade «de atrair empresa empresas e actividades» pode «resolver os problemas de competitividade e internacionalização» da economia portuguesa.
Augusto Mateus defendeu também que o novo aeroporto de Lisboa deve ser o « hub (base de distribuição de passageiros) principal de uma companhia que pode ser competitiva, a TAP», afirmando que a nova infra-estrutura aeroportuária tem de ser construída de modo a «resolver a excessiva concentração das companhias da Star Alliance (aliança de que faz parte a TAP) no centro da Europa».
«Mais importante que a infra-estrutura, é a capacidade de atrair empresas e criar na Europa do Sul um espaço de afirmação de empresas competitivas», sublinhou.
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