O futuro dos jornais poderá passar por fomentar uma rede social própria através da criação de bares, cafés, livrarias e até espaços de desporto com a sua marca, aponta o relatório de Abril do Observatório da Comunicação (Obercom).
A ideia subjacente a esta tendência de futuro, apontada no relatório «Tendências e Prospectivas, os novos jornais», a que a Lusa teve acesso, consiste em criar receitas alternativas à publicidade, apostando em serviços ligados a estilos de vida para fomentar uma rede de empatia com os leitores.
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Em vez de os leitores irem comprar o jornal na banca ou visitar o site, «a rotina de proximidade com o jornal pode ter origem na omnipresença quotidiana da marca e pela proximidade que conferimos às suas posições e sugestões para o nosso dia-a-dia e visão do mundo que nos rodeia», refere o relatório, cita a Lusa.
Dessa proximidade, adianta, é possível criar novas fontes de receita no universo jornal, mas para tal há que procurar novos gestores para novas áreas de negócio que combinem o conhecimento do mundo do jornalismo com outras áreas de negócio.
«Importa compreender que a cadeia de valor é agora outra, pelo que será necessário perceber que se terá de receber menos de mais (micropagamentos e micro-margens de outros suportes), depender menos da publicidade em certos produtos e mantê-la, ou mesmo aumentá-la, noutros», salienta o estudo.
Uma outra forma de obter receitas alternativas à publicidade é apostar em conhecer os diferentes públicos a quem os títulos se dirigem.
Outra das tendências identificadas pelos três autores do documento é a (re)utilização dos conteúdos em vez de reduzir custos com a produção.
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