Apesar da aposta nacional nas energias renováveis, especialmente em matéria das hidroeléctricas e eólicas, esta «não será suficiente para responder às necessidades da procura sem recurso a novas fontes ou ao aumento da importação de energia eléctrica». Pelo menos é a opinião conjunta da Associação Empresarial de Portugal (AEP), da Associação Industrial Portuguesa (AIP) e da Confederação da Indústria Portuguesa.
«Partindo do pressuposto da racionalidade económica dos investidores e dos países que estão a apostar no nuclear, o investimento em capacidade de geração eléctrica nuclear deverá ser também economicamente viável em Portugal, relativamente à alternativa de importação de energia nuclear da Europa. O nuclear terá também certamente vantagem relativamente ao carvão e ao gás», referem as três organizações, em comunicado.
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No entender das mesmas, a energia nuclear «para além de já ser economicamente viável e de não emitir CO2, contribuiria para alterar a dependência energética do exterior com um melhor controlo da balança comercial, dando também resposta ao aumento da procura de electricidade, que como referimos tem sido consistente nos últimos 20 anos».
Em parceria com Espanha
A opção nuclear é entendida, pelas mesmas, como uma opção a equacionar urgentemente. «É necessário promover um debate sério sobre a mesma, e estudá-la com rigor num quadro global de expansão, diversificação e eficiência energéticas», adianta.
No entender das três organizações, esta produção poderá ser em coordenação com Espanha, nomeadamente através de consórcios luso-espanhóis.
«Uma tal coordenação, acrescida de uma séria parceria empresarial luso-espanhola, poderá ainda ter a vantagem de encurtar significativamente o prazo de acesso das empresas portuguesas a este tipo de energia e, ainda, de partilharmos benefícios, riscos e potencialidades futuras», conclui.
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