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Qimonda na falência após falhanço do financimento

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Governo esteve envolvido no plano de salvamento da empresa

A Qimonda, empresa alemã que fabrica chips e que pertence ao grupo Infineon, declarou a sua insolvência perante o tribunal de primeira instância de Munique, avança a agência EFE, que cita um porta-voz da entidade judicial.

A Qimonda emprega 13 mil pessoas, distribuídas pelas fábricas de Dresden, Munique e, em Portugal, Vila do Conde. Postos de trabalho que estão agora em causa. A Agência Financeira tentou entrar em contacto com a empresa mas tal não foi possível em tempo útil.

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Os problemas financeiros da empresa há muito que eram conhecidos, causados pela queda drástica dos preços na produção de chips de memória DRAM, devido à concorrência asiática.

CGD não chegou a emprestar os 100 milhões

Em Dezembro passado, a empresa estava a negociar um empréstimo de 325 milhões de euros ( 100 milhões da CGD, 150 milhões do Governo alemão da Saxónia e 75 milhões da casa-mãe, a Infineon) e tinha avançado em Outubro com uma redução de pessoal na ordem dos três mil funcionários, com o objectivo de reduzir custos no valor de 450 milhões de euros ao ano.

A Agência Financeira contactou a CGD para saber se o empréstimo tinha chegado a ser feito, mas fonte oficial recusou-se a comentar. Já fonte próxima da unidade portuguesa da Qimonda, afirmou à Agência Financeira que as negociações ainda estavam a decorrer e que o empréstimo não chegou a ser efectivado.

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De acordo com uma nota emitida pela empresa esta sexta-feira, e citada pela Reuters, apesar do esforço para garantir esse financiamento, «as negociações não foram concluídas em tempo útil».

Recentemente vieram a público notícias de que a Qimonda precisava de mais 300 milhões de euros, para além dos outros 325 milhões, para poder manter-se em actividade.

O presidente-executivo da Qimonda, citado pela Reuters, explica que, de acordo com a lei alemã, pedir a insolvência da empresa permite-lhe acelerar a sua reestruturação e «recolocar a empresa de volta numa posição sólida». O responsável disse ainda esperar reestruturar as principais partes da empresa. «Esperamos continuar os nossos negócios com o apoio de um administrador de insolvência provisional», acrescentou.

No final do ano passado, a Infineon anunciou perdas de 3.122 milhões de euros, mais 748% que em 2007, causadas, em grande parte, pela Qimonda, que perdeu 519 milhões.

Governo envolveu-se no plano para salvar empresa

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A Agência Financeira contactou o Ministério da Economia, mas não foi possível obter qualquer esclarecimento relativo a esta matéria.

Recorde-se que o Governo esteve envolvido nas negociações com vista à operação de salvamento da Qimonda. O empréstimo de 100 milhões atribuído pela CGD em Dezembro à empresa fazia parte de um plano que deveria permitir manter os dois mil empregos em Portugal e reforçar a transferência de tecnologia para o país, segundo considerou na altura o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.

Pinho considerou que o empréstimo de 325 milhões de euros é «um resultado enorme. É também, como se pode imaginar, extremamente importante em termos de exportações, valor acrescentado e manutenção de empregos», disse o ministro.

No final de Outubro do ano passado, o Estado assinou um contrato de investimento de 100 milhões de euros com a Qimonda.

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