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Economia deve ter praticamente estagnado no 3º trimestre

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É «provável» que Portugal viva uma situação de recessão nos próximos trimestres

A economia portuguesa deve ter praticamente estagnado no terceiro trimestre do ano face aos três meses anteriores, com os analistas contactados pela «Lusa» a apontarem para uma variação do PIB entre menos 0,1 por cento e 0,1 por cento.

Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar a estimativa rápida relativa ao crescimento económico português do terceiro trimestre.

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Depois de no segundo trimestre o PIB ter aumentado 0,3 por cento, face aos três meses anteriores, os analistas esperam que esse indicador tenha uma variação muito próxima de zero. O BPI prevê um crescimento de 0,1 por cento, o Santander uma queda de 0,1 por cento e o BCP uma variação nula.

Estes números são mais optimistas do que o previsto pela Comissão Europeia, nas suas previsões de Outono, que aponta para uma contracção de 0,3 por cento.

«As principais componentes (do PIB) estão próximas da estagnação», segundo Paula Carvalho, analista do BPI.

O investimento deve «agravar o seu enfraquecimento», as exportações devem continuar «fraquinhas» e o consumo privado «não deve mostrar grande dinamismo», acrescentou a mesma analista.

Não estão previstas alterações ao consumo público

Da mesma opinião é Rui Constantino, economista-chefe do Santander Negócios: o consumo privado dever ter um «crescimento marginal, o investimento vai cair e as exportações líquidas (exportações menos importações) terão um contributo negativo».

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O especialista do Santander diz não esperar «grande alteração do consumo público», notando que esta componente do PIB tem um contributo «muito pequeno» para o crescimento económico.

O BPI antecipa dois trimestres consecutivos de queda do PIB (o quarto de 2008 e o primeiro de 2009) e Rui Constantino admite que Portugal pode vir a ficar em situação de recessão técnica (2 trimestres consecutivos de quedas do PIB) nos próximos trimestres, mas considera que não é um cenário absolutamente certo.

Gonçalo Pascoal, economista-chefe do BCP, considera «provável» que Portugal viva uma situação de recessão nos próximos trimestres.

Recorde-se que, na quinta-feira, o FMI reviu em baixa as previsões de crescimento para a Zona Euro, antecipando agora uma contracção de 0,5 por cento do PIB (anterior previsão de Outubro era de um crescimento de 0,2 por cento).

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