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Agências de viagens questionam credibilidade de companhias low-cost

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Clientes perdem dinheiro

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) questiona a credibilidade e a utilidade das companhias aéreas de baixo custo, chamadas «low-cost».

Num comunicado, emitido a propósito da falência da Sterling, uma transportadora aérea de baixo custo, a associação diz não estar «admirada» com a situação, que se segue a várias de outras companhias do mesmo género, «já que desde há tempos afirmámos serem este tipo de companhias as que mais rápida e seriamente seriam atingidas pela turbulência das economias mundiais».

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A explicação, diz a APAVT, é simples: estas companhias «movimentam-se permanentemente no fio da navalha, apresentando-se ao mercado com preços incompatíveis com a capacidade de realizar alguma capitalização, que permita a necessária folga em tempo de vacas magras.

Quando os prejuízos começam a aparecer, só duas hipóteses se apresentam: ou os accionistas continuam a injectar capital, ou então, declarar a falência».

Clientes de companhias falidas perdem todos os direitos

No mesmo dia em que declarou falência, a Sterling enviou um comunicado aos clientes em que declara não assumir quaisquer compromissos:

«Os consumidores que tenham comprado as suas passagens directamente no website da companhia, infelizmente não serão reembolsados, nem o serão as suas passagens de regresso. Terão consequentemente que reservar (e obviamente pagar) o regresso noutras companhias».

«Os consumidores que pagaram através de cartão de crédito, deverão contactar os seus bancos ou companhias de crédito tentando obter o reembolso».

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«Os consumidores que reservaram os seus voos através de agências de viagens, ou tour operators deverão contactá-los para obter o reembolso».

«Os consumidores que reservaram as suas passagens através da Sterling, mas para voarem na Norwegian, deverão contactar directamente esta companhia».

«Os consumidores que estejam actualmente alojados em hotéis, ou com viaturas reservadas, através de parceiros da Sterling, poderão continuar a sua estadia e/ou com a sua viatura, pois estes serviços são pagos por esses parceiros e não pela Sterling. Contudo, e no que ao voo de regresso diz respeito, necessitam encontrar por si próprios alternativas para o seu destino final».

«No entanto, por favor notem que se a reserva da passagem/ hotel/carro foi feita através de agência de viagens ou tour operator, deverão contactá-los após o regresso para solicitar o reembolso das despesas incorridas com o voo de regresso».

«Quem garante a defesa dos consumidores?»

Perante este cenário, a APAVT questiona «quem garante a defesa dos consumidores?».

«Estas companhias são úteis para o mercado e credíveis para os consumidores?», diz ainda.

«Não é demais, neste particular realçar a diferença que se verifica entre o modo de agir das companhias chamadas tradicionais e algumas das novas companhias chamadas low-cost que aparecem e desaparecem com as consequências que se conhecem?», acrescenta a associação.

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