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Fecho de «hipers» aos domingos prejudica grupos em 30 dias/ano

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Associação de Empresas de Distribuição lembra que medida prejudica economia

O fecho dos hipermercados aos domingos e feriados à tarde implica que as empresas do sector estejam impedidas de abrir portas durante um período que equivale a cerca de 30 dias por ano, ou seja, quase um mês por cada 365 dias.

As contas são da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que lamenta que a sua proposta para liberalização total do comércio tenha sido adiada pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, depois de debatida no dia 25 de Setembro no plenário da Assembleia da República.

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A APED recorda que este impedimento, aos domingos e feriados, para lojas com mais de 2 mil metros quadrados de área, condiciona o desenvolvimento da economia, do emprego e cria constrangimentos que são indesejados pelos consumidores.

«Esta falta de coragem política tem um custo para o País de 2.500 milhões de euros, pelo crescimento do PIB que não é gerado», lembra a associação.

2 terços ao lado da liberalização

De acordo com um estudo da Roland Berger sobre o tema, divulgado em Maio deste ano, verifica-se a proposta defendida pela APED é apoiada pelos consumidores, uma vez que, de acordo com os autores do estudo, dois terços dos portugueses são a favor da liberalização dos horários das grandes superfícies, por conveniência e flexibilidade de opções para fazerem as suas compras.

Um estudo da Universidade Católica confirma igualmente que 66% dos consumidores apoia a liberalização completa. Uma tendência que sai reforçada para 77% entre os solteiros e sobe para os 80%, entre a população com idades entre os 18 aos 34 anos.

A APED recorda que a abertura das lojas nas tardes de domingos e feriados iria contribuir com entre 8 mil a 8.300 novos empregos directos e indirectos em Portugal.

Ainda de acordo com a associação, «este acréscimo e emprego representaria uma injecção de 630 a 670 milhões de euros anuais, e uma receita fiscal adicional acumulada de 1.300 a 1.600 milhões de euros, nos primeiros dez anos depois da alteração».

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