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Dia definitivo para BCP

Assiste-se esta terça-feira à disputa de liderança entre Santos Ferreira e Miguel Cadilhe

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Realiza-se esta terça-feira mais uma nova etapa na vida turbulenta do BCP. Escolhe-se hoje o novo presidente da instituição financeira, em Assembleia Geral (AG) marcada para as 14 horas, no Porto. Em cima da mesa estão duas candidaturas: a de Carlos Santos Ferreira e a de Miguel Cadilhe.

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Ao que tudo indica, a candidatura do antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) sairá vencedora, uma vez que, conta com o apoio de grande parte dos accionistas do banco. É o caso da Eureko (com 9,96%), Joe Berardo (7%), Teixeira Duarte (6,4%), Sonangol (4,9%), EDP (4,3%) além de, pelo menos, mais quatro accionistas com participações próximas de 1% cada.

Mais incerto será o voto do BPI que, na passada sexta-feira, deu orientação de voto aos seus accionistas, não tendo revelado o sentido de voto. No entanto, tudo aponta para que o banco liderado por Fernando Ulrich vote no ex-dirigente da CGD. Recorde-se que o BPI disse que tanto Santos Ferreira como Miguel Cadilhe seriam «bons nomes» para liderar o BCP.

Já a CGD (com 2,4%), detida pelo Estado, deverá optar pelo silêncio para evitar eventuais conflitos.

Apesar deste aparente consenso, o que é certo é que esta candidatura esteve envolvida em alguma polémica. Recorde-se que o PSD acusou, desde o início, o Governo de intervir na vida interna do maior banco privado português. Uma crítica que foi sempre negada pelo Executivo.

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Cadilhe promete auditoria externa às contas

Os dois candidatos apresentaram, na passada terça-feira, as suas linhas estratégicas para o futuro do BCP, ao Conselho Superior da instituição financeira, que no mesmo dia, garantiu que «ambas as candidaturas são credíveis e competentes», acrescentando ainda que irá apoiar Conselho de Administração Executivo que vier a ser eleito.

Santos Ferreira tem mantido em silêncio a sua proposta, ao contrário do seu adversário Miguel Cadilhe, que tem defendido metas mais ambiciosas. Contenção de custos, ampliar redes no exterior, restabelecer confiança do mercado, motivar colaboradores, melhorar satisfação dos clientes e unir os accionistas são algumas das linhas mestras da sua candidatura.

Ao mesmo tempo promete realizar uma auditoria externa às contas do banco caso seja eleito.

Pontos a votar podem ficar reduzidos a 3

Esta é a quarta AG do BCP em oito meses e ainda não há grandes certezas quanto às propostas que serão votadas. Se, por um lado, há garantias em relação à eleição do novo líder do banco, por outro há grandes dúvidas se os pontos mais polémicos, que dizem respeito ao alargamento do Conselho Geral e de Supervisão para 21 membros efectivos e à eleição do Conselho de Remuneração se irão manter.

Isso significa que os oito pontos a votar poderão ficar reduzidos a três. Ou seja, corre-se o risco de eleger apenas o novo presidente do banco e todos os outros temas poderão ser remetidos para uma outra AG.

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