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Fábricas já não pagam às Finanças e Segurança Social

Empresários optam por falhar os pagamentos ao Estado em vez de atrasar pagamento dos salários

A indústria automóvel vive dias negros. A quebra nas encomendas está a provocar uma verdadeira hecatombe nas fábricas de montagem automóvel que, por sua vez, estão a afectar duramente as empresas de componentes. «Há já empresas a falhar pagamentos às Finanças e à Segurança Social», revelou ao «Diário de Notícias» o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). Para Pedro Valente de Almeida os encerramentos «vão começar».

Até à data apenas a alemã TI Group, de Vendas Novas, encerrou a actividade em Portugal, mas teme-se que a Edscha, uma multinacional alemã que ontem pediu a falência, vá pelo mesmo caminho e feche as fábricas nas Vendas Novas. O responsável da AFIA diz que «é mais fácil aos estrangeiros encerrarem e despedirem que as empresas 100% portuguesas». E adianta que os empresários optam antes por «falhar os pagamentos ao Estado em vez de atrasar o pagamento dos salários», revela o mesmo jornal.

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Hélder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), garante que não está em «perspectiva o encerramento das fábricas automóveis instaladas em Portugal». Mas a verdade é que as notícias de despedimentos sucedem-se todos os dias, e só no sector dos componentes já se calcula a perda de dois mil postos de trabalho, afectando sobretudo os trabalhadores temporários.

Na área da montagem, a Autoeuropa tem em curso a saída de 254 trabalhadores temporários, que vão entrar em formação durante um ano, mas não existem garantias de que irão regressar à fábrica. A Peugeot-Citroën é a fábrica que maior volume de trabalho reduziu - 400 postos de trabalho, também temporários.

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