Em entrevista à agência «Bloomberg», Abel Mateus afirmou que «não existem dúvidas que já analisámos o sector e estamos melhor preparados para tomarmos uma decisão rapidamente».
A entidade reguladora da concorrência tinha aprovado a OPA fracassada do BCP sobre o BPI, com a condição de que a instituição conjunta vendesse 60 balcões e parte do seu portofólio de empréstimos de pequenos negócios.
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Abel Mateus recusou-se no entanto a comentar se as condições neste caso seriam semelhantes, uma vez que não existe ainda uma proposta concreta. Os Conselhos de Administração de ambos os bancos deram início às conversações no passado dia 6 de Novembro sobre uma possível fusão, depois do BCP ter rejeitado os termos da oferta inicial apresentada pelo BPI a 30 de Outubro.
Este negócio, caso se venha a concretizar, irá criar o terceiro maior banco comercial na Península Ibérica, com um total de 125 mil milhões de euros em activos, 1.500 agências e 18.000 empregados.
O presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, frisou que não iria avançar com a oferta caso não tenha a aprovação do BCP.
O presidente da entidade de supervisão adiantou que não descarta a ideia de uma análise aprofundada, caso as negociações sobre as condições se arrastem.
«Uma investigação minuciosa não depende apenas da Autoridade da Concorrência», frisou o responsável, acrescentando que «muitas vezes depende da negociação dos remédios», concluem.
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