As medidas defendidas pelos sindicatos e patrões, que deverão ser apresentadas à nova ministra do Trabalho na reunião da próxima terça-feira, podem ser difíceis de articular com a necessidade de cortar na despesa.
Quem o diz é Bagão Félix, antigo ministro das Finanças, à Lusa: «É compreensível o papel e a agenda dos parceiros sociais, mas os tempos não estão para cadernos reivindicativos de períodos de prosperidade».
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«Tanto as confederações patronais como as sindicais estão num corredor estreito» e devem perceber que «têm de ser saudavelmente reivindicativas, mas com a noção da realidade», dadas as restrições orçamentais, adiantou o antigo governante.
Opinião idêntica tem Manuela Arcanjo, ex-secretária de Estado e do Orçamento, que defende que as medidas reclamadas pelos parceiros sociais podem ser pouco compatíveis com a necessidade de contenção orçamental, embora algumas delas tenham de ter resposta.
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