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Belmiro: «Se caíssem dois ou três bancos não se notava»

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Empresário diz que medidas do Conselho de Ministros vão continuar a proteger a banca

Belmiro de Azevedo criticou esta sexta-feira, no Porto, a preocupação por salvar o sistema financeiro: «Não sei porque é que agora toda a gente concorda que a maior prioridade é salvar o sistema financeiro. Mas para que é que serve um sistema financeiro muito eficiente, se a actividade económica não funciona?»

Na apresentação do estudo «O Mundo em 2050», promovido pelo Fórum Manufuture e a PricewaterhouseCoopers, o empresário disse mesmo que «em Portugal, se caíssem dois ou três bancos, como há overbanking, nem se notava», mas «quase não há ajuda para o sector industrial».

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Belmiro de Azevedo disse ainda suspeitaer que as medidas que este sábado serão apresentadas no Conselho de Ministros extraordinária vão continuar a tendência de «concentração em salvar o sistema financeiro».

«Mas o sistema financeiro sem actividade económica é uma bola que anda no ar e não serve para nada», adiantou.

Inovação e modernidade precisa-se

Mas para o chairman da Sonae, será a actividade industrial , «principal geradora de emprego», a responsável por «manter a Europa na liderança que ela quer continuar a ter. Temos que continuar a crescer para não sermos apanhados».

Contudo, Belmiro de Azevedo considera que Portugal tem que apostar na inovação e modernização. «Se um dia a economia portuguesa acelerar, não temos máquinas nem pessoal para crescer», afirmou, explicando que «é preciso apostar na formação dos recursos humanos».

«Os salários já são elevados», disse o empresário, adiantando que «a única maneira de haver aumento real de salários é aumentar aos trabalhadores mais criativos, aos que têm mais mobilidade e capacidade de se reformar todos os dias. Não é aumentar os salários de quem já é ineficiente», afirmou, apelando a que os empresários presentes ponham este discurso em prática.

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Empresas têm de beneficiar dos apoios aos bancos

O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), José António Barros, afirmou no mesmo encontro que está preocupado com o apoio do Estado à banca, apesar de o entender «pela necessidade de confiança».

«Mas é preciso que esses apoios sejam, depois, transmitidos para o sector produtivo», adiantou, explicando que a percepção que tem é que esses apoios não estão a chegar às empresas.

«A taxa de referência está a descer, a Euribor está a descer, mas a taxa para as empresas mantém-se», afirmou.

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