O Banco de Portugal analisou 9.011 reclamações contra as instituições financeiras apenas no primeiro semestre deste ano.
De acordo com o relatório intercalar da Síntese das Actividades de Supervisão Comportamental, publicado pelo banco central, 4.461 dessas queixas foram feitas no Livro de Reclamações e as outras 4.550 remetidas directamente ao Banco de Portugal. Estas últimas passaram de 45 para praticamente 50% do total das queixas.
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Um aumento de peso que a instituição liderada por Vitor Constâncio atribui «ao impacto da utilização de um formulário para o efeito disponibilizado pelo Banco de Portugal no Portal do Cliente Bancário. Em Abril deste ano, o Banco de Portugal passou a permitir também neste Portal a consulta on-line do estado de tratamento das reclamações, serviço que permite aos clientes conhecerem em que fase de análise se encontram as suas reclamações».
O Portal do Cliente Bancário tem cada vez mais conteúdos como os relativos ao crédito à habitação (na sequência, nomeadamente, da evolução das taxas de juro, descrevendo com detalhe as regras de cálculo do indexante Euribor e o seu processo de revisão periódica), bem como os novos simuladores, que cobrem diferentes de produtos de crédito com guias exemplificativos.
Neste período, o Banco de Portugal respondeu a cerca de 800 pedidos de informação de clientes que recebeu através do endereço de correio electrónico do Portal do Cliente Bancário, a sua maioria incidiu sobre questões relativas ao crédito à habitação e taxas de juro, cujos conteúdos estão amplamente tratados neste Portal.
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Quais os bancos com mais queixas?
De acordo com os dados publicados no relatório do Banco de Portugal, o Banco Popular e o Barclays lideram nas reclamações relacionadas com o crédito à habitação, enquanto que o Crediagora e o Banco Primus lideram nas queixas do crédito ao consumo.
Nas contas depósito, Deutsche Bank e Barclays acumulam mais reclamações que os outros e nos cheques, a liderança cabe ao Banco Popular e à CGD.
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