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Constâncio: vamos crescer abaixo do esperado e acima da Zona Euro

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(Notícia actualizada)

Portugal vai crescer este ano um pouco menos do que estava previsto pelo Banco de Portugal (BdP), mas um pouco acima da Zona Euro, revelou esta terça-feira o governador do BdP, Vítor Constâncio, durante o almoço/debate da Câmara do Comércio Luso-Britânica.

Recorde-se que a Comissão Europeia reduziu a sua previsão do crescimento da economia na Zona Euro para este ano, de 2,2 para 1,8 por cento. Na base desta redução está a crise financeira mundial, o abrandamento da economia dos EUA e o preço elevado do petróleo.

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Já o BdP apontava para um crescimento da economia nacional de 2%, o que deixa a nova previsão nos 1,9%.

O governador admitiu que a instituição vai rever em baixa as previsões para a economia nacional, relativas a 2008 e 2009, que estão nos 2 e 2,3%, respectivamente. Recorde-se que o BdP apresenta esta semana o Boletim da Primavera.

Esforços feitos foram «notáveis»

«Os problemas estruturais permanecem. As reformas que foram encetadas ainda não deram resultados suficientes para aumentar a nossa competitividade», disse, alertando que estas reformas têm de continuar.

Constâncio elogiou o trabalho feito nos anos recentes, em que a economia nacional cresceu e em que foram aplicadas reformas ao mesmo tempo que se atravessava um período de consolidação das finanças públicas que terá tido um impacto negativo de, pelo menos, 0,5 pontos percentuais na expansão económica. «Os esforços feitos foram notáveis», afirmou.

Ainda assim, «Portugal precisa de convergir com os parceiros europeus, ainda não estamos a fazê-lo. Precisa também de continuar a consolidar as contas públicas e aí há ainda um logo caminho a percorrer». Recorde-se que o défice orçamental se situou nos 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado mas terá de ficar em 0,5% até 2010.

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Afasta recessão na Europa mesmo que haja nos EUA

Apesar da redução das expectativas, Vitor Constâncio não acredita que uma possível recessão nos EUA se repita na Europa. Na semana passada o presidente da Reserva Federal norte-americana, Bem Bernanke admitiu a possibilidade de recessão na maior economia do Mundo, mas Constâncio acredita que a Europa resiste melhor ao actual contexto.

Mas nem tudo é bom. A Zona Euro enfrenta um problema importante e significativo: a crescente inflação. «Este é um risco muito importante, que não pode ser ignorado. Uma espiral de aumentos de preços poderia afectar muito a confiança e a credibilidade da economia da Zona Euro», disse. Por isso mesmo, acredita que «o crescimento mantém-se mas se a situação se deteriorar mais nos EUA, nós (Europa) vamos sofrer com isso», admitiu.

No entanto, assegura que «não haverá recessão na Europa, mesmo que haja nos EUA. Vamos considerar a crescer a taxas consideráveis».

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