Quem o diz é o Banco de Portugal, no Boletim Económico que foi esta quarta-feira apresentado no Parlamento. «No que diz respeito às famílias, o nível de endividamento em percentagem do rendimento disponível tem registado um aumento continuado», ou seja, «o consumo continuou a registar um crescimento superior ao do rendimento disponível real das famílias».
Isto fez com que a taxa de poupança das famílias portuguesas se tenha reduzido cerca de um ponto percentual. Uma evolução que, segundo a instituição, deve manter-se este ano e em 2008.
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Taxas de juro e fraco crescimento do emprego travam despesas
Para este ano, espera-se uma aceleração do consumo privado, devido a uma melhoria da situação financeira das famílias, mas esta melhoria será moderada pelos efeitos das subidas das taxas de juro e pela ainda ligeira recuperação do emprego, que este ano deve aumentar apenas 0,3% e mais 1% em 2008. Contas feitas, as despesas de consumo das famílias portuguesas deve continuar abaixo ao registado na área do euro.
Por isso mesmo, o Banco de Portugal aponta para uma limitação das despesas de consumo e investimento em habitação das famílias. De resto, também a taxa de poupança deverá continuar a baixar até ao final do ano que vem.
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