O representante dos clientes do BPP, Durval Padrão, não se manifestou surpreendido com a saída em bloco da administração do banco, anunciada esta sexta-feira.
«Esta decisão tem tudo a ver com o que Adão da Fonseca tem vindo a dizer e, nomeadamente, depois de ter pedido para sair em Julho», disse à Agência Financeira Durval Padrão. «Todos os projectos que ele apresentou foram chumbados. Ele não tem, claramente, o apoio da tutela», explicou o porta-voz dos clientes referindo-se ao Banco de Portugal (BdP) e Ministério das Finanças.
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Para os clientes do banco, «o papel de Adão da Fonseca chegou ao fim», mas «não será outra pessoa que vai resolver o problema».
«A solução depende das autoridades (BdP e Governo) e, neste momento, estão todos à espera das eleições. Só depois o problema BPP será resolvido», disse o responsável, acreditando que, «independentemente do partido que vença, os clientes têm tudo a ganhar, porque já não haverá a pressão eleitoral».
Sobre o futuro administrador do banco, Durval Padrão desconhece nomes, mas adverte que o BPP «é uma casa a arder».
Relativamente ao processo negocial entre o Ministério das Finanças e a Associação Portuguesa de Bancos, Durval Padrão disse que ainda não recebeu «nenhuma informação».
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