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Constâncio apoia ajuda a famílias mas é contra descida de impostos

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Não podemos manter ritmo de endividamento

O governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio, disse esta tarde no Parlamento que Portugal não deve baixar impostos e sim continuar o caminho da consolidação orçamental. Mas mostrou-se favorável ao apoio às famílias mais desfavorecidas.

Numa comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, onde esteve a apresentar o relatório anual do banco central e também o boletim económico de Inverno, o responsável disse que é fundamental «continuar a consolidação orçamental, não só por causa dos compromissos que assumimos com os nossos parceiros europeus, mas sobretudo porque não podemos continuar a endividar-nos na mesma escala que temos vindo a fazer».

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Uma consolidação que, considera, passa não só «pela aplicação das reformas estruturais que estão legisladas, como a da Administração Pública», mas também por «não baixar impostos».

Abrandar a consolidação ou baixar impostos implicaria «uma redução da poupança pública, que não seria compensada por um aumento da poupança privada». Assim, só poderíamos esperar dois efeitos: «ou uma queda do investimento, ou um aumento do défice externo».

Função anti-cíclica

Constâncio defendeu ainda que Portugal deve «recuperar para a consolidação orçamental a função anti-cíclica» e deixar que as coisas funcionem ciclicamente (aumentar o défice em alturas de menor crescimento económico e reduzi-lo em alturas de maior expansão) quando se atingir o objectivo de médio prazo, de reduzir o défice para meio ponto percentual.

Nesta altura, no entanto, o governador concorda que a despesa pública deve ser focada nos segmentos mais desfavorecidos da população e não para a sociedade em geral, sustentando artificialmente o poder de compra.

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