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Constâncio sem «timings» para concluir investigação ao BCP

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O Banco de Portugal (BdP) voltou esta terça-feira a afirmar que está a analisar a situação de eventual fraude ocorrida no BCP.

De acordo com o presidente do BdP, Vítor Constâncio, «dado as notícias que se tornaram públicas e à importância da matéria, estamos neste momento a decorrer a recolher informação detalhada para analisar o problema».

O responsável salientou, no entanto, que «os termos que foram tornados públicos não são suficientes para formular um julgamento», daí a necessidade de solicitar mais informações.

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De acordo com o presidente da entidade reguladora, em causa está o artigo 85 do Regime das Concessões de Crédito. «O que está em causa é um problema de concessão de créditos em condições que, em alguns casos, não são admitidas por lei», refere.

Vítor Constâncio reiterou que esta investigação «não está relacionada com decisões que são actos de gestão dos bancos: ao eliminarem créditos que já não conseguem cobrar. Isso são coisas que acontecem todos os meses e não é objecto de nenhuma regulação».

Caso se verifique alguma violação deste artigo, o presidente do BdP, reconhece que «estaríamos perante um processo de contra-ordenação».

Credibilidade do sistema financeiro não será afectada

Vítor Constâncio não quis, no entanto, adiantar «timings» para a conclusão deste processo, uma vez que, no entender do mesmo, «não há nenhuma previsão do tempo de análise».

Quando questionado sobre o pedido de alguns accionistas quanto à demissão do actual Conselho do BCP, Vítor Constâncio diz apenas que «não faço comentários de afirmações de accionistas de empresas cotadas», garantindo ainda que «não está em causa a credibilidade das instituições financeiras em Portugal».

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Recorde-se que, em causa está o alegado perdão de dívidas de 12,5 milhões de euros a cinco empresas do Grupo V, do qual era sócio Filipe Jardim Gonçalves, filho de Jorge Jardim Gonçalves, presidente do conselho geral e de supervisão do BCP.

Os dois accionistas Pedro Teixeira Duarte e Joe Berardo reagiram de imediato a esta notícia, pedindo explicações ao presidente da comissão de auditoria do banco.

A CMVM garantiu esta segunda-feira que iria pedir esclarecimentos ao BCP.

As acções da instituição financeira seguem a cair 1,59% para os 3,10 euros.

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