O presidente executivo do Banco Espírito Santo (BES) elogiou esta quarta-feira o projecto de obras públicas que contempla o novo aeroporto ou a rede de alta velocidade.
«O nosso país tem credibilidade. Precisamos de meios de transporte que possibilitem a integração europeia. A política de grandes obras não é nada exagerada», disse Ricardo Salgado em entrevista à SIC Notícias.
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Sobre a contracção anunciada pelo Banco de Portugal de 3,5 por cento para a economia nacional em 2009, o CEO do BES disse que os dados são surpreendentes, até porque, até há pouco tempo, os economistas previam um recuo de 1,5%.
No entanto, os dados do Boletim de Primavera estão, no entender do banqueiro, em linha com os outros países da Europa. «Portugal não está pior do que a restante Europa», sublinhou Ricardo Salgado.
Uma certa «descoordenação» europeia
Sobre a actual crise conjuntural, o presidente executivo do BES vê como particularidade a sua «aceleração», seja na manifestação do seu impacto, seja até nas respostas para a combater.
Ricardo Salgado considera, por outro lado, que os Estados Unidos da América estão a ir mais fundo do que a Europa na capacidade de resposta. «Os governos europeus precisam de uma resposta mais coordenada», sustentou.
«Aqui na Europa está cada um por si. Há uma certa descoordenação», acrescentou no mesmo programa, lembrando a política mais conservadora do Banco Central Europeu, «que há que respeitar».
Já sobre as classificações da agências de rating, Ricardo Salgado disse que estas assentam numa fragilidade da Europa do Sul que não corresponde sempre à verdade. «Há países da Europa do Norte em situação muito pior», sublinhou, apontando o caso da Irlanda.
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